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Mauro A
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99 críticas
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4,0
Enviada em 16 de maio de 2021
Eu não dou a nota máxima apo filme porque ele é triste, deprimente. O roteiro e a trama são excelentes. Não é aconselhável às pessoas que têm preconceito de negros, pois vão ficar muito alegres com o espetáculo sanguinolento que ocorre contra os blacks. Apesar do filme ser temporal, sacanagem igual contra os descendentes do povo arrancado da África ocorrem até hoje num país que já teve um presidente negro e parece que esse confronto ainda vai durar muitos séculos pelo lado de lá, imaginem aqui no Brasil.
Filme muito bem dirigido, com uma bela cinematografia e um texto afiado. As atuações todas excelentes, bela fotografia e direção de arte. Tem cenas impactantes e tensas, apesar de faltar um melhor esclarecimento doa fatos às vezes. O final é meio fraco e pode não ser muito memorável, apesar de conclusivo. Lakeith Stanfield está magistral no papel e, definitivamente, merece o prêmio de Ator Coadjuvante. Daniel Kaluuya também tem sua melhor atuação até aqui.
História real sobre um membro que se infiltra nos Panteras Negras nos anos 60 a fim de espionar para o FBI e assassinar o líder. Uma safadeza oculta do espião, não da pra acreditar que ele fez isso. O filme mostra bem a época e as motivações do grupo. Parado e lento em certas partes. Revolucionário e importante. Interessante, mas não achei um filme tão prazeroso de se assistir. Atuações boas. Filme regular.
O filme tem uma premissa muito interessante e é baseado numa história real fascinante. No início me empolguei muito com a habilidade e estilo do diretor atrás da câmera. Seus truques de movimentação, a cinematografia estonteante e a excelente trilha sonora empolga o espectador logo de cara.
Logo somos introduzidos ao personagem de Daniel Kaluya, que além de ser um personagem incrível, é brilhantemente interpretado pelo ator. Em poucas cenas somos hipnotizados pelo seu discurso e queremos acompanhar a trajetória desse líder, vestindo boina e segurando em armas: Viva La Revolucion!
Tanta força e carisma são louváveis, porém esse também é o maior erro do filme. O personagem principal não é o Kaluuya, é o tal Judas, que infelizmente o roteiro não teve tanto sucesso ao desenvolver. O personagem é fraco e às vezes até desinteressante. Nao se sente nele o peso de estar fazendo o que está fazendo e isso acaba o tornando desimportante para o espectador. Ninguém está nem aí pra ele, só para o Kaluuya, e quando a história inevitavelmente foca no personagem principal, o filme se torna monótono e deixando o gostinho do rumo que poderia ter tido se o personagem principal fosse o outro.
(Insta: @cinemacrica): Tem o ponto de partida grandioso por expor um fato real em torno da história dos Panteras Negras. Não é apenas uma passagem de uma das mais relevantes militâncias da representação negra, mas o assinalamento de um de seus líderes, Fred Hampton, em contraposição a um programa de espionagem federal executado por Bill O’Neal. Os papéis bíblicos contidos no título são facilmente atribuíveis aos personagens de destaque. Segue-se então o plano de edificar seus arcos dramáticos e, de alguma forma, conjugá-los. O líder negro desfruta de contextualiações ricas: são mobilizadoras as cenas que ilustruam sua eloquencia e principalmente a capacidade de magnetismo que acaba por agregar inclusive movimentos de outras etnias de origem latina e branca. Daniel Kaluuya tem boa parcela desse crédito, entrega de forma competente as virtudes de um jovem líder notável. Em contrapartida, o agente infiltrado não segue a mesma qualidade de execução. Uma das apostas do longa é deixar claro o poder que um movimento racial guiado pela paixão genuína tem em agregar os membros sob o mesmo teto fraternal. Desse modo, até mesmo um corpo estranho como Bill não resistiria ao severo conflito interno da ciência de estar traindo algo tão nobre. Contudo, não há sensibilidade em captar essa crise psicológica em todo o seu potencial. Ao invés disso, o roteiro perde-se em algumas subtramas de menor importância e também pesa mais a atenção no culto ao messias em detrimento do sofrimento de Judas. Soma-se a esse desbalanço o trabalho tímido em conectar as duas principais construções apartadas pelo bem e o mal. O deslize se inicia com a rapidez excessiva em mostrar como Bill se infiltra no movimento e continua com a escassez de embates entre os personagens. O filme a todo momento sustenta a percepção de grandiosidade, seja pela temática ou produção competente, mas o esboço nunca se emancipa na materialização de feitos dignos de admiração efetiva.
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