Este é um filme que todos os estudantes de Informática (e também aqueles que trabalham no ramo) deveriam assistir. E por dois grandes motivos: primeiro pelo debate - sem muita profundidade, mas é sempre bom lembrar do tema - em relação à questão dos softwares com código aberto vs. os programas vendidos pelas grandes empresas. E em segundo lugar pela perfeita caracterização não apenas dos personagens mas de todo o contexto que os cerca. Como não lembrar de Bill Gates ao ver Tim Robbins interpretando Gary Winston? Robbins age como Bill Gates, se parece com Bill Gates, fala como Bill Gates, enfim, falta pouco para se tornar efetivamente Bill Gates - ou ao menos o que todos nós que o vemos pela TV imaginamos como ele seja. Já o núcleo formado por Ryan Phillippe e seus amigos é bastante realista, assim como as próprias atitudes dos personagens. No mais, o filme apresenta ainda uma boa trama, que se não é nada de excepcional ao menos consegue prender a atenção do público. Mas o grande problema de "Ameaça virtual" na verdade é brasileiro: o título recebido por aqui é péssimo e em nada reflete o que mostra o filme. Afinal de contas, onde está a virtualidade prometida no título? O título original, "AntiTrust", representa muito melhor o que quer realmente dizer a trama do filme.