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Lyrion Matheus
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71 críticas
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0,5
Enviada em 15 de abril de 2013
"TUTORIAL DE COMO MONTAR FILME RUIM - Parte Fantasmas de Marte" - É o melhor resumo que posso fazer para minha crítica a "isto". Absolutamente toda a montagem (roteiro, falas, musicas, trocas de cena, mudanças de foco, efeitos """especiais""" e o que mais você imaginar), além das atuações ridículas (o vilão mais temido e mais mal interpretado, por exemplo), formam o que alguns chamam de filme. Única valia: assistir o Jason Statham de cabelo, mesmo que quase careca. Fiquem longe de um dos piores lançamentos cinematográficos.
É um filme bom, interessante, porém "guilty pleasure". Não dá para esperar mega efeitos, um enredo maravilhoso, atuações maravilhosas. O filme é um típico "Corujão". Leve, sem complicações, um ou outro clichê (mas nada grave). Valeria a pena uma continuação, ou um reboot, porque a história (trama) realmente é bem interessante e boa (a colonização em Marte, o vírus, as mutilações, as loucuras). Talvez, aqui, tenha sido mal executado (embora Natasha realmente eleve o padrão e torne tudo mais interessante, bem como o maravilhoso Jason Staham).
É um Carpenter muito no piloto automático aqui,o filme até evoca temas importantes que acabam se perdendo em uma abordagem muito fraca.
Se no filme Escape From L.A. o diretor trazia uma abordagem exagerada cheia de momentos non sense,mas que funcionava bem como entretenimento escapista e ainda concluía bem seu sua crítica ao governo,em Ghost Of Mars Carpenter se perde em uma narrativa tão sem inspiração e perdida que interfere drasticamente no resultado final.Apesar de falar sobre as colonizações e a vingança dos espíritos de Marte contra os humano,que assim como os humanos tomaram posse de suas terras eles tomam posse dos corpos,o filme parece não saber bem onde chegar.
É uma estrutura de flash blacks tão fraca e sem rumo que isso se reflete até mesmo nos personagens - Aliás aqui temos inúmeros personagens que estão apenas para inchar o filme - parece que aqueles agentes estão sem rumo em um planeta tomado por fantasmas,nada se encaixa é tudo muito jogado na trama e o ritmo é extremamente lento.Há um comentário também sobre o racismo que tinha potencial suficiente a ser abordado mas que devido a essa falta de coesão de roteiro é bem rasa no fim das contas.
Ghost Of Mars além de extremamente lento,é muito cafona no próprio entretenimento,tudo é muito plastificado e a continuidade do longa é muito fraca tendo em vista bons temas como colonização e racismo que são retratados de maneira bem rasa.
Esse filme foi algo que marcou as prateleiras das locadoras dos anos 2000. John Carpenter sempre foi habilidoso em trazer temas "mirabolantes" em obras de ficção científica. Nesse longa-metragem a história possui um padrão linear bem resolvido, o que já é mais que satisfatório pra um filme de 2001 (que até hoje muitos filmes se perdem no enredo). O cenário em Marte foi produzido com dificuldades conforme entrevistas diretas com Carpenter, já que a reprodução do solo vermelho tinham que "molhar" terra vermelha o tempo todo para criar a atmosfera marciana.
Toda a maquiagem feita nos "fantasmas" também merece destaque já que na época não era qualquer maquiagem que funcionava bem, num número grande como é retratado no filme.
Os personagens cumpriram seu papel com êxito no roteiro e na atuação, principalmente o Ice Cube que conseguiu acender o "pavio" durante muitas cenas e a Natasha Henstridge como protagonista que carregou o drama do roteiro e com "plus" psicológico.
Outra parte que merece um destaque e enfoque foi a contratação do "Bucket Head" e do Steve Vai para a trilha sonora do filme, que falando sério... ficou incrível. Um metal pesado mixado que sincronizou com a ambientação temática dos filmes e das ações específicas nas quais foram introduzidas.
O filme em resumo é um longa dos anos 2000 que vale a pena ver para lembrar os bons e velhos filmes de terror-suspense que tinham no fundo das prateleiras das locadoras e que não apostavam nada e no fim valiam a pena. Eu particularmente gostava tanto que hoje tenho até em Blue-Ray.
Como sempre em minhas críticas ao "Adoro Cinema", insisto em dizer, ao tecer palavras e atribuir notas aos filmes, por mais que o gosto seja subjetivo e tenham de fato filme bons, medianos e ruins, tente ao menos analisar o lado do trabalho que envolve a construção de um filme, a elaboração de um roteiro, atores, trilha sonora, efeitos especiais, figurino. Não basta solamente jogar uma nota baixa e dizer que "não gostei". Acho isso tão desrespeitoso com o trabalho artístico!
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