Ammonite: Críticas

Quando a gente se depara com as personagens centrais de "Amonite", filme dirigido e escrito por Frances Lee, a gente nunca imagina que elas se aproximariam o suficiente para desenvolver um romance. Em primeiro lugar, por causa de suas origens, que são completamente distintas. Em segundo lugar, por causa de suas diferentes personalidades. Em terceiro lugar, porque um encontro definitivo entre elas parece ser totalmente improvável, por causa das circunstâncias de vida que envolvem as duas.

Mary Anning (Kate Winslet) é uma paleontóloga que vive uma rotina bastante simples e regrada numa cidade litorânea do interior da Inglaterra, ao lado de sua mãe (Gemma Jones). Sua especialidade é a descoberta de fósseis marinhos de amonite (animais marinhos que se assemelham ao que, hoje, conhecemos como lula).

Já Charlotte Murchison (Saoirse Ronan) é uma jovem londrina, casada com Roderick (James McArdle), e que está na cidade de Mary por estar vivenciando uma depressão - na época em que o filme se passa (1820), era comum que a recomendação para a cura de problemas emocionais fosse uma temporada em uma cidade do interior, longe das atribulições das cidades grandes.

"Amonite" é um filme introspectivo, assim como Mary e Charlotte o são. A progressão da trama, aliás, falha em nos mostrar o momento em que a conexão destas personagens se torna definitiva. Talvez, por isso mesmo, esta história de amor não nos capture a atenção. O ponto em que o roteiro consegue trabalhar melhor é no retrato das diferenças que envolvem Mary e Charlotte. Elas vêm de mundos distintos, estão em momentos distintos de vida e, cada uma delas, tem uma expectativa diferente do que esperar da outra. Se explorasse isso mais, quem sabe, "Amonite" não fosse um filme melhor.

lindo demais. muito lindo. lindo lindo lindo é lindo. sabe o que mais eu achei? lindoooooooooooooooooo!