A Vastidão da Noite: Críticas - Página 2

A Vastidão da Noite com certeza não é um filme pra qualquer um. É um filme lento e demorado, que trabalha muito com ambientação e com o mistério da trama.
Se você espera ver um thriller de ficção científica onde acontecem várias e várias coisas, esse filme não é pra você.
Boa parte do filme é compost somente de diálogos dos personagens, e não são diálogos que resolvem o mistério da trama: são justamente o contrário. Cada pequeno acontecimento ou diálogo só serve para aumentar a dúvida tanto dos personagens, quanto do espectador sobre o que está acontecendo. Pra muitos isso é o que deixa o filme ruim, mas na verdade é o que o torna especial.
O filme também é extremamente bom em outros aspectos. A trilha sonora ajuda muito a construir a tensão e a ambientação, a atuação dos dois personagens principais é pontual e traduz exatamente o que dois jovens pensariam naquelas condições, e a filmagem é muito, mas muito bem feita MESMO pra um filme de baixo orçamento como esse.
A única coisa que impede o filme de ser uma obra-prima é o final, que abandona o tema misterioso e enigmático que o filme tinha antes e tenta partir uma área diferente, resultando em um final decepcionante e não tão digno de um filme tão bom como esse.

Filme péssimo, lento, cansativo. Incrível como um filme que tem duração de uma hora e meia parece ter três, de tão arrastado. Não consegui ver um aspecto positivo, pelo contrário, apenas diálogos maçantes, personagens chatos e um tom escuro o tempo todo. Fui na onda dos críticos "especializados" e me ferrei, perdi meu tempo. Definitivamente não recomendo.

O primeiro longa do diretor Andrew Patterson é uma demonstração de que um roteiro bem produzido, com um jogo de câmeras e artifícios de direção simples e técnicos conseguem fazer com que o telespectador fique imerso nesse ambiente, uma verdadeira ode a narrativa.

O filme tem como protagonistas o radialista Everett Sloan (Jake Horowitz) e a estudante e técnica de telecomunicações Fay Crocker (Sierra McCormick), o filme parte de uma premissa simples, eventos estranhos estão ocorrendo na cidade durante um jogo de basquete, onde a cidade toda está praticamente assistindo esse jogo. Quem começa a notar esses eventos é Flay que entra em contato com Everett durante a sua transmissão dos eventos esportivos na rádio. Everett então coloca em transmissão o estranho som no ar e recebe uma ligação de um veterano de guerra, que diz conhecer aquele som por causa de experiências que teve enquanto era militar.

Dessa forma o filme se desenrola com praticamente dois atores em cena, o diretor teve que se prender em como fazer aquela história atraente e imersiva com pouco dinheiro disponível e o resultado é excelente.

"A Vastidão da Noite", filme dirigido e co-escrito por Andrew Patterson (que assina o roteiro como James Montague), pode ser encarado como uma homenagem a programas como "The Twilight Zone", que, no período entre 1959 e 1964, na televisão norte-americana, mostrava semanalmente episódios que misturavam histórias de horror, ficção científica, dentre outros temas.

O filme, aliás, nos é apresentado como se fosse um episódio de um desses programas - no caso de "A Vastidão da Noite", a série fictícia "Paradox Theater". O roteiro acompanha uma noite em uma pequena cidade do interior norte-americana. Enquanto os habitantes do local estão ocupados assistindo a um jogo de basquete da liga colegial, um radialista chamado Everett (Jake Horowitz) e uma telefonista chamada Fay (Sierra McCormick) percebem um fenômeno sonoro estranho acontecendo na frequência da cidade e decidem investigar o que está acontecendo.

O curioso em "A Vastidão da Noite" é que o filme inicia com uma verborragia que chega a irritar, mas, que posteriormente, percebemos o quanto ela foi importante para delimitar o por quê de Fay e Everett terem percebido o fenômeno: eles tinham em comum a paixão por máquinas de gravação e um ouvido apurado para reconhecer qualquer instabilidade no sistema.

A partir da situação central que o roteiro nos coloca, "A Vastidão da Noite" se transforma numa dessas histórias que misturavam ficção científica, teorias da conspiração e a possibilidade - ou não - da existência de vida em outros planetas e o ceticismo com que esta hipótese era encarada - aqui, é importante ressaltar que, na conjuntura em que o filme se passa, nos anos 50, a corrida espacial norte-americana ainda estava engatinhando e dando os seus primeiros passos.

Como se pode perceber, "A Vastidão da Noite" é um filme que tem um aspecto original muito interessante: primeiro, na forma como o roteiro é estruturado; e, segundo, na maneira como a história nos é apresentada - alguns movimentos de câmera utilizados pelo diretor são muito bacanas e a reconstituição de época é extremamente feliz. O meu maior problema com a obra, no entanto, foi a expectativa que eu estava a respeito dela. A julgar pelos comentários, eu estava esperando algo que me arrebatasse. Não que a impressão que eu tenha tido sobre o longa não tenha sido positiva. Só que eu estava esperando muito mais! Ou seja, ignorei uma lição que eu já tinha aprendido faz tempo: cuidado com as expectativas. Elas podem te derrubar do cavalo.

Um filme de arte misturado com ficção científica. Claro que a maioria do público (infantizado pelo tsunami de filmes de super-heróis), não vai ter paciência pra chegar até o final. Problema deles.
Para os poucos que sabem acompanhar uma narrativa menos massificada, o filme será maravilhoso.

Filme chato... Cansativo... Típico filme queridinho da "crítica especializada", aquele que vive na bolha. Quer assistir, assiste, só não diga que não foi avisado.

"Na vastidão da noite" é uma grata surpresa que passa desapercebido do grande público, tá certo que o filme pode incomodar alguns, com seu ritmo lento e temática si-fi, mas o certo é que o longa dirigindo pelo estreante Andrew Patterson É um dos melhores filmes do ano.

Andrew deixa claro a todo instante o seu amor ao pulb e aos si-fi dos anos 30,40,50 e principalmente, seu amor ao rádio, um filme que mistura emoções e sentimentos e consegue deixar o telespectador preso na cadeira, com um plot bem simples -que em momentos até lembra o ótimo "Sinais" do Shyamalan- o filme conta a história de um radialista e uma atendente que captam um sinal estranho, e assim, começa a investigação que é conduzida lentamente, sempre através de monólogos e construções simples mas muito bem elaboradas de cenários, o longa ainda consegue transmitir um terror psicólogo de primeira qualidade através da sua ótima direção que é pouco expositiva e muito inteligente, o diretor não usa recursos simples para dar medo e sim cria uma tensão através do desconhecido, o fato dos "invasores" não terem um forma física definida deixa tudo mais assustador, pois depois nos damos conta que em qualquer momento eles podem estar entre nós.

Outra coisa boa no filme é como pequenas críticas sociais são inseridas de maneira simples ao decorrer da fita, sem precisar dar holofotes ou fazer grande engenharia para expor tal críticas, pois elas vem de forma orgânica e são pesadas da mesma forma.

Voltando a falar da direção, é lindo como o filme consegue centrar seus atos em monólogos o tempo inteiro, para alguns isso pode até parecer chato, mas todos os monólogos são muito bons e o filme é conduzido quase como um podcast mesmo que o uso da imagem seja ótimo, com pouquíssimos cortes, muito planos sequências e transições ousadas de câmera.

Além disso, as atuações são ótimas, o cenário apesar de extremamente simples é ótimo também, o fato de ser uma cidade pequena de interior no início dos anos 50 deixa tudo mais sinistro
.
Nem tudo é perfeito, as diversas referências que o longa faz ao decorrer de sua trama me tiram um pouco da tensão, mas mesmo assim, "Na vastidão" da noite é poético, enigmático, divertido e assustador. Nota 8,5/10

O filme é excelente, há tempos não acompanho um filme de ficção científica que prende minha atenção do início ao fim, o figurino, a trilha sonora e a atuação dos protagonistas é o que mais chama a atenção.

Este é certamente um dos melhores lançamentos até aqui no ano de 2020.The Vast Of Night burla seu baixo orçamento e nos oferece um filme tenso a base de diálogos.

O estreante Andrew Petterson trabalha aqui de maneira extremamente criativa,ele opta por envolver seu espectador sem elementos expositivos,por se tratar de uma ficção científica de baixo orçamento é louvável sua agilidade em criar tensão sem efeitos visuais.Cada diálogo,cada relato é tão apreensivo e imersivo que parece que o tempo se passa voando.

Há longos planos que enaltecem as excelentes atuações aqui,é tudo tão imersivo que parece que o filme deixa de existir e estamos dentro do longa.As transições de imagem remetem ao programa The Twilight Zone e funcionam na medida do possível.Além dessa imersão,o diretor não opta por muitos cortes e inclui aqui um exibicionismo com a câmera em um Tracking Shot fantástico.A criação de tensão é muito bem feita,os personagens ficam apreensivos apenas com relatos e pequenas situações que são impressionantes e a cena final é definitivamente tensa e apavorante.

Sem muito orçamento mas com uma agilidade no script e atuações de gala,The Vast Of Night é um filme tenso e imersivo que cria tensão á base de diálogos e longos planos.É acima de tudo um exercício de como se criar atmosfera apenas com o básico.

Certamente não é um filme para todos! Apesar de ter cara de filme de baixo orçamento, foi bem produzido e contou sua história do modo certo