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Alan David
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685 críticas
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4,5
Enviada em 23 de junho de 2019
Santiago, Itália é digno de ser assistido. Para aqueles que já conhecem esta etapa da história chilena, - como dito – fornece uma nova aproximação. Para quem não sabe nada do acontecido, resulta importante aproximar-se a esta versão. Muito interessante filme, este de Nanni Moretti.
Para ler a crítica completa, link a seguir: http://www.parsageeks.com.br/2019/06/critica-cinema-santiago-italia.html
(Insta: @cinemacrica) A direção de Nanni Moretti foi um incentivo a mais para assistir ao documentário. Distanciando-se das ficções, o diretor italiano migra de continente em busca de relatos de testemunhas da transição do governo Allende para a ditadura chilena. O filme passa rapidamente pela ascensão democrática do polêmico regime de esquerda, denuncia a força desmedida do golpe militar e desemboca no papel da embaixada italiana em Santiago como amparo dos dissidentes do governo ditatorial. O ritmo imprimido é bastante objetivo, mas nem por isso desinteressante. Muito pelo contrário. Sem digressões, Moretti tece uma envolvente narrativa que segue a cronologia dos fatos. A seleção dos entrevistados foi assertiva, tanto pela variedade de perfis, quanto pela paixão com que relatam o que foi o Chile da época. A experiência é similar a ouvir um conto atraente de alguém que tem propriedade de conhecimento. É difícil piscar. O início da obra, por alargar a perspectiva e expor fatos amplos de uma nação, tem maior destaque. É chocante, por exemplo, saber que a imposição das forças armadas chegou ao ponto de bombardear construções públicas da capital. Sem contar a proximidade com que se chega do episódio da morte de Allende. O documentário não crava a causa, as hipóteses vão do suicídio ao homicídio enquanto o presidente exercia o ofício em plena Casa da Moeda. Moretti diz que não é imparcial. A declaração é totalmente desnecessária pelos rumos que o filme leva. Ao mesmo tempo que desperta interesse, o viés a favor dos grupos e ideias socialistas são nítidos. O que torna a opção problemática, no entanto, foi a inclusão de dois relatos de ex-militares que beira o caricato. Conforme os relatos avançam para os casos dos que se valeram do abrigo na embaixada italiana como refúgio, o poder de atração da obra enfraquece ligeiramente. Trocamos relatos precisos de um momento da transição da história, para alguns episódios particulares e repetitivos. Documentário válido para aprofundar o conhecimento de uma transição política relevante.
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