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    Dia do Sim
    Críticas AdoroCinema
    3,0
    Legal
    Dia do Sim

    Aventuras em família

    por Barbara Demerov

    Para quem já assistiu ao filme Sim, Senhor, no qual Jim Carrey era obrigado a dizer "sim" para todas as oportunidades que surgissem à sua frente, a nova produção da Netflix, Dia do Sim, pode não possuir a mais original das ideias. Mas o fato é que a história protagonizada por Jennifer GarnerEdgar Ramírez conta com uma boa parcela de leveza e humor ao apresentar dois pais e seus três filhos em uma dinâmica nada convencional: os adultos precisam aceitar qualquer pedido dos filhos durante todo o dia.

    Visto que os pais (especialmente a mãe, interpretada por Garner) são bem preocupados e tiveram suas vidas completamente transformada após o nascimento das crianças, Dia do Sim é interessante porque mostra o quanto a palavra "não" pode determinar a ausência de mais diversão ou informalidade em um lar. É tudo uma questão de equilíbrio -- e Alison e Carlos (Ramírez) se dão conta disso através de reflexões dos próprios filhos, que já não são tão pequenos assim.

    A dificuldade de uma mãe em admitir que a filha mais velha já é uma adolescente que pode cuidar de si mesma e o pai workaholic que tem a fama de "tranquilo e legal" aos olhos dos filhos são alguns dos elementos que compõem a narrativa do filme. Porém, eles não são muito complexos e acabam por ser pouco discutidos ao longo da história, pois o foco prioritário é o efeito da difícil missão dos pais em dizer "sim" para tudo.

    Isso acaba tirando a profundidade da importante discussão sobre equilíbrio na criação de filhos e que dizer "sim" não é necessariamente um problema. Ao longo de Dia do Sim, cada atividade criada pelos três filhos a fim de produzir uma dinâmica familiar engraçada e unificada acaba por ser uma esquete cômica que não tem muita relação com a mensagem em si. Mas, como já citado, as situações (que vão desde lavar o carro da família com os vidros abertos a enfrentar o desafio de comer a maior sobremesa de uma loja) são leves e entretém o público.

    Após uma série de desventuras e surpresas ao longo do dia, o terceiro ato enfim entrega uma mensagem sensível relacionada às mães e filhas que possuem dificuldades no relacionamento. A atuação simpática de Jennifer Garner basicamente carrega o filme como um todo, o que culmina em uma cena emocionante em um show enquanto busca pela filha que saiu escondida com algumas amigas. Entrando nos clichês de que ouvir sua mãe não é tão ruim quanto parece e que as desavenças podem se resolver com diálogo, Dia do Sim entrega um desfecho emocional e paternal/maternal. Apesar de não haver maiores complicações ou conflitos, a produção Netflix é digna no que se diz respeito à união em família.

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    Comentários

    • Cido Marques
      Que filme ruim
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