Embora o filme busque chamar a atenção para a paternidade consciente, esbarra no machismo estrutural em diversas cenas, reproduzindo a ideia de que ao homem é permitido tempo para aprender a se tornar um pai de verdade. Mesmo com um bebê recém nascido, o pai pode se dar ao luxo de sair com os amigos, jogar futebol e videogame e até mesmo "tirar férias" na casa da mãe para curtir uma crise existencial, enquanto a mãe, puérpera, permanece com a filha integralmente. A pior cena da trama é aquela em que o personagem de Lázaro Ramos cogita desistir de ser pai (isso tudo, bêbado e deitado ao colo da mãe) como se após ter um filho, alguém tivesse o direito de escolher esta opção, simplesmente por ser homem.