AINDA ESTOU AQUI, UMA HISTÓRIA DE AMOR E SUPERAÇÃO.
O mais novo drama da Netflix, o filme Ainda Estou Aqui, estrelado por Joey King e Kyle Allen, nos presenteia com um romance adoslescente fresquinho, mas que trouxe uma temática um pouco diferente da qual estamos acostumados, já que possui uma pegada mais sobrenatural.
O filme é baseado num livro de Marc Klein (The In Between), e a história é dividida em duas partes, o antes e depois de um acidente quando Skylar (Kyle) morre e Tessa (Joey) precisa lidar com o luto antes de ir para faculdade. Os protagonistas vivem um romance de verão literalmente, já que Skyler mora em outra cidade, mas promete voltar para ver Tessa novamente.
No decorrer do filme podemos conhecer a história de Tessa, que abandonada pela mãe quando criança, acaba por conseguir ser adotada pelo ex-padrasto quando ele se casa. A atriz consegue retratar muito bem os sentimentos da personagem e externá-los para o público, fazendo a gente compreender as escolhas que ela toma de acordo com que vamos entendendo o motivo por trás dessas atitudes. Tessa está no seu último ano do ensino médio e está em dúvidas sobre seu futuro, ela é uma fotógrafa amadora e não tem certeza se quer continuar fazendo isso.
Por outro lado temos o Skylar, um garoto espontâneo, poliglota e atleta, tem muita certeza e objetividade no que se dispõe a fazer, porém enfrenta alguns problemas com os pais, que o faz ficar dividido entre seu amor e o seu dever familiar. Skylar ajuda Tessa com algumas de suas dúvidas e a encoraja a seguir os seus sonhos.
O filme aborda o tema sobrenatural, mostrando cenas de antes do acidente, geralmente em cores mais quentes, representando o amor, a construção do relacionamento e a felicidade do casal. As cenas depois do acidente são caracterizadas por cores mais frias, trazendo a dor, o luto e a saudade que Tessa sente do namorado.
Tessa acorda no hospital logo após o acidente se recuperando de uma cirurgia no coração e depois de alguns acontecimentos começa a acreditar que Skylar quer fazer contato consigo. Encontra por acaso, no mesmo hospital em que está internada, uma escritora de livros sobre a vida após a morte e com alguns sinais que ela acredita serem dele, ela passa a fazer todo o possível para ver o namorado e dizer o que não conseguiu antes dele morrer, o eu te amo.
É um longa metragem, poderia ter aproveitado melhor os atores, ou desenvolvido mais o personagens e suas histórias, mas a mensagem por trás compensa a demora. Na trama com os últimos acontecimentos, Tessa passa por uma jornada de autodescobrimento e passa a ver erros que cometia sem perceber, como sua péssima relação com a madrasta, ou seu medo de se expor tanto pessoal como profissionalmente. O final realmente me surpreendeu, a conclusão final que Tessa trouxe me fez refletir sobre a minha vida e em como aquilo era verdade, principalmente no contexto atual.
Esse filme não é um romance qualquer. Mas se caso você quiser ter a experiência de se emocionar com Tessa ou se encantar com Skylar, e no final entender que às vezes coisas ruins vão acontecer com você, porém isso não pode te impedir de viver, pois suas cicatrizes vão se fechar, então esse filme é pra você.