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    Ainda Estou Aqui
    Média
    4,5
    289 notas
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    93 Críticas do usuário

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    LEO COUTO GC
    LEO COUTO GC

    1 crítica Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 16 de novembro de 2024
    Acredito que nunca me senti tão brasileiro, antes de assistir esse filme. Pude ver a tão intensa bela arte de um lindo cenário cinematográfico e tamanha exposição ao amor da vida. Esse filme é digno de um Oscar!
    Diogo Maroeli Santos
    Diogo Maroeli Santos

    3 seguidores 116 críticas Seguir usuário

    4,0
    Enviada em 16 de novembro de 2024
    Superestimado por ser o filme brasileiro do Oscar. Mas está longe de ser ruim, ele te prende bem e te deixa interessado na história, mas o drama, que foi exaltado por muitos, não me pegou. Ele realmente me deixou triste, mas não chegou a me fazer chorar. Retrata bem a ditadura e o drama das famílias. Uma boa adaptação, só isso.
    Leticia Freitas
    Leticia Freitas

    1 crítica Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 16 de novembro de 2024
    Melhor filme que já vi esse ano , assisti hoje e e amei demais muito bom esse filme é maravilhoso demais pra assistir e não tem outro igual único demais esse filme ,escolheram os melhores atores para participar
    Lucas Rodrigues
    Lucas Rodrigues

    5 seguidores 46 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 15 de novembro de 2024
    Quando a memória se converte em um campo de confronto, a dor transcende o mero sentir, tornando-se um fardo que se perpetua indefinidamente. É sob a direção intensa de Walter Salles e a interpretação arrebatadora de Fernanda Torres que essa dor se metamorfoseia em uma vivência visceral, onde cada movimento e cada silêncio desvelam a profundidade de uma batalha pela verdade que jamais se dissipará. Um marco indiscutível na história do cinema nacional.

    Ainda Estou Aqui, a mais recente obra do cineasta Walter Salles, é um filme que se erige como uma meditação intrínseca sobre o peso da história e a resiliência humana, adentrando um território profundo e doloroso da memória nacional. Lançado em novembro de 2024, essa produção cinematográfica se apresenta não apenas como um retrato histórico, mas como um ato de resistência emocional que, por meio de uma poética imersiva e silenciosa, nos conduz a um Brasil dilacerado pela dor de um passado que, de certa forma, nunca se dissipou. É uma história de luto e saudade, mas também de um amor e uma luta que transcendem o tempo e a repressão. Em sua exploração da ditadura militar brasileira, Ainda Estou Aqui não apenas resgata a memória de um país, mas escava nas profundezas do ser humano, trazendo à tona as forças que nos sustentam, mesmo quando tudo parece ruir.

    A grandeza dessa obra reside em sua capacidade de mesclar o impacto histórico com a íntima e pungente dor de Eunice Paiva, cujo marido, Rubens Paiva, desapareceu sob os horrores do regime militar. Ao centrar a trama na busca incansável de Eunice por justiça e pela verdade sobre o paradeiro de seu companheiro, Walter Salles nos apresenta um filme que é, por sua essência, um testemunho de resiliência. Ainda Estou Aqui não se limita a retratar os eventos de forma objetiva ou documental; ele vai além, penetrando na alma da personagem e, por extensão, de toda uma nação. A dor e a resistência de Eunice são emblemáticas de uma luta coletiva que ecoa na memória de milhares de famílias brasileiras ainda à espera da justiça que lhes foi negada.

    A direção de Salles, com sua sensibilidade única, cria uma atmosfera densa, onde a narrativa se desenrola lentamente, entrecortada por silêncios carregados de significados. O filme não se apressa; ele exige paciência e reflexão do espectador, permitindo que a tensão emocional se construa sem pressa, de forma gradual. Cada pausa, cada olhar furtivo, cada gesto contido, não é apenas uma escolha estética, mas uma declaração de respeito à memória das vítimas, que muitas vezes foram silenciadas de forma brutal. Nesse sentido, a obra escapa da armadilha do melodrama, preferindo uma introspecção quase dolorosa que nos obriga a confrontar as feridas abertas pela ditadura.

    O Brasil, em sua dualidade, se torna um personagem à parte. A ironia cruel do filme reside na coexistência entre momentos de celebração e de dor. Aniversários, jantares em família, passeios de sorvete: gestos simples e cheios de uma humanidade imensa, que se mesclam com a violência que pairava no ar, tornando-se ao mesmo tempo um reflexo da fragilidade da vida e da força do espírito humano. São essas imagens que fazem de Ainda Estou Aqui uma obra de contrastes, onde a beleza e o horror coexistem de maneira quase simbiótica, refletindo a realidade paradoxal do Brasil naquele período: um país dividido entre o amor à vida e o medo constante da morte, entre a resistência e o sofrimento.

    A direção de arte se torna outro pilar fundamental para que essa atmosfera seja criada de forma tão eficaz. A recriação do Rio de Janeiro de 1971, com sua fidelidade meticulosa, não se limita a um exercício de nostalgia, mas é um convite imersivo para a vivência daquele tempo. Os figurinos e as maquiagens não são meros detalhes estéticos, mas uma extensão da própria dor dos personagens. Cada elemento visual carrega um peso emocional, amplificando a intensidade do sofrimento e da nostalgia que permeiam a narrativa.

    No centro dessa experiência está a atuação de Fernanda Torres, que dá vida a Eunice Paiva de maneira arrebatadora. Sua interpretação é, sem dúvida, o coração pulsante do filme. Torres não apenas encarna a dor de uma mulher que busca respostas para um desaparecimento, mas também a força indomável de uma mãe e esposa que, mesmo diante da devastação, encontra uma razão para continuar a luta. Ela transmite uma complexidade emocional imensa, com gestos sutis e olhares que falam mais do que mil palavras. Sem ela, a história perderia não apenas a dimensão emocional, mas a própria essência de sua dor. Ao lado de Selton Mello, Fernanda Montenegro e do restante do elenco, o filme adquire uma força rara e impressionante, com interpretações que são, em sua maioria, contidas, mas de uma profundidade que chega a ser esmagadora.

    A construção de Ainda Estou Aqui vai além da técnica cinematográfica. O silêncio se torna uma linguagem, um recurso que Salles utiliza para escavar o fundo do abismo emocional dos personagens. Ele compreende que, para contar uma história de dor tão íntima e imensa, é necessário respeitar a pausa, o vazio, o espaço onde a palavra não pode alcançar. É nesse silêncio carregado que a emoção se revela em sua forma mais crua, tornando-se impossível não sentir o peso de cada momento, de cada cena.

    Por fim, Ainda Estou Aqui não é apenas um filme sobre o passado; é um grito silencioso que reverbera no presente. O filme questiona nossa capacidade de encarar as sombras da nossa história e nos desafia a olhar para as feridas que, mesmo abertas, continuam a sangrar. A obra de Walter Salles é, ao mesmo tempo, uma reflexão dolorosa sobre a memória e um lembrete de que o Brasil nunca se desligou de seu passado – um passado que, por mais que tentem esconder, jamais se apagará, pois ele ainda vive nas cicatrizes de uma nação.

    A mensagem final resume-se ao simples ato de sorrir: um gesto que persiste além da vida e da memória, ou então se perde, deixando apenas o que restou. Fernanda Torres revelou sua bravura em cena, enquanto Fernanda Montenegro, em sua quietude eloquente, sequer precisou pronunciar uma palavra. E, como Eunice Paiva, continuaremos a lutar, por mais que a dor insista em permanecer, porque, em última instância, ainda estamos aqui, e não importa o quanto tentem apagar nossa história, ela sempre encontrará um jeito de sobreviver.
    Biancaacribeiro
    Biancaacribeiro

    5 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 15 de novembro de 2024
    Para mim, um dos melhores filmes brasileiros, tudo no filme me deixou satisfeita, como a história é bem contada, o cenário, a trilha sonora 😮‍💨😅. O filme te prende do início ao fim, impactante, emocionante e bem feito! Sensacional 🙏🏽🤍🤍
    Taynara Silva
    Taynara Silva

    5 críticas Seguir usuário

    4,5
    Enviada em 15 de novembro de 2024
    Ainda Estou Aqui tem uma impressionante precisão em recriar a cultura dos anos 70 no Brasil: as roupas, a linguagem, os objetos e a música (MPB). Fernanda Torres encarna com perfeição a elegante e forte Eunice, enquanto Selton Mello traz um calor paternal ao seu papel. A família, inicialmente feliz e unida, vai perdendo o brilho conforme o peso da ditadura se impõe. Na época, qualquer figura pública contrária ao regime era tachada de comunista, e o filme explora muito bem esse clima de paranoia e medo. Leiam minha crítica completa em: https://taycosette.wordpress.com/2024/11/12/ainda-estou-aqui-filme-2024/ ou assistam https://www.youtube.com/watch?v=jU_5QPSMHUE
    Miguel Não está morto
    Miguel Não está morto

    1 crítica Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 13 de novembro de 2024
    Filmaço, as atuações são muito boas, pricipalmente a do galã Guilherme Silveira. Um dos grandes filmes brasileiros recentes
    DUDU SILVA
    DUDU SILVA

    60 seguidores 296 críticas Seguir usuário

    4,0
    Enviada em 12 de novembro de 2024
    Com cenas de tensão e atuações brilhantes de fernanda torres e selton melo. Ainda estou aqui mostra perfeitamente o rio de janeiro nos anos 70 e como foi dificil a epoca da ditadura
    Bruno G
    Bruno G

    1 crítica Seguir usuário

    1,0
    Enviada em 12 de novembro de 2024
    Qualidade de filme brasileiro, sem roteiro, atuação da patrogonista muito abaixo do que foi anunciado.
    Piza
    Piza

    5 críticas Seguir usuário

    4,5
    Enviada em 12 de novembro de 2024
    O filme é uma obra marcante que explora a tristeza e a importância de lembrar um dos períodos mais sombrios de nossa história. Embora muitas obras tratem da Ditadura no Brasil, ainda parece que, como sociedade, "insistimos" em não dar a devida prioridade ou relevância ao tema. Lembro-me do impacto que senti ao visitar o "Museu da Memória e dos Direitos Humanos" em Santiago, no Chile: a forma como o povo chileno se envolve, o número de crianças visitando o espaço e o vasto acervo de material exposto. Isso me levou a questionar por que o tema não recebe o mesmo tratamento em nosso país, mesmo reconhecendo o valioso trabalho realizado pelo Museu da Resistência em São Paulo.

    É um filme em duas grandes partes: uma dualidade entre períodos que, infelizmente, não se equilibram. Apesar do merecido e incontestável elogio ao trabalho de Fernanda, destaca-se também a construção feita por Selton de seu personagem, essencial para o desenvolvimento da narrativa, mesmo com tempo menor em cena. No comparativo da obra, achei que os personagens que representam os filhos (tanto na fase infantil quanto na adulta) ficaram um pouco aquém no trabalho de interpretação. Embora isso não comprometa significativamente a narrativa, parece que faltou um pouco mais de profundidade e seleção.

    As transições e edições revelam uma narrativa bastante coesa e dinâmica, sem contar o ótimo trabalho de produção de época; inclusive na fotografia do filme, aquele grão todo e o uso de imagens de uma câmera Super8 intercalando as cenas. Chama atenção também a trilha - procure nos streamings e irá encontrar algumas playlists já prontas, é uma ótima curadoria de música do período (que massa foi ouvir "Jimmy, Renda-se", que música boa!).

    Filmão que todo brasileiro deveria assistir: para nunca esquecer e, como cantou Gal, estar sempre atento e forte. Assista!
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