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    Ainda Estou Aqui
    Média
    4,4
    115 notas
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    47 Críticas do usuário

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    36 críticas
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    Sócrates greko
    Sócrates greko

    4 seguidores 140 críticas Seguir usuário

    4,5
    Enviada em 8 de novembro de 2024
    Nos primeiros minutos o filme parece um comercial da margarida cheio de nostalgias musicais... mas depois começa a tensão e dá pra entender o porquê daquilo tudo.... esse contraste entre inocência e a tortura...
    Allan José Santos da Silva
    Allan José Santos da Silva

    1 crítica Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 8 de novembro de 2024
    É um drama e faz chorar. Seria muito difícil entender do que o filme fala e não chorar, mas deve ter quem consiga. Eu não.
    Chorei quase o filme inteiro, mesmo nas horas mais ensolaradas, principalmente por saber que acabariam. Mas nelas eu fui surpreendido pelos meus sentimentos: é um drama, faz chorar, mas eu queria ter estado ali, queria ter ido em alguma daquelas festas, queria ter conhecido aquele Rio de Janeiro, aquelas pessoas, como aliás, o Walter Salles conheceu.
    E aí é óbvio que o que fica claro é que é um recorte de pessoas privilegiadas, que puderam aproveitar a paz de uma casa sempre aberta a beira-mar. Mas eu queria ter estado ali.
    O filme retratou de uma forma tão carinhosa, como memórias são, que o sentimento era de desejo de ter vivido aquela época. E talvez seja sobre isso que ele quisesse falar: eles foram felizes. E nem trata da dor anterior, afinal Rubens Paiva já tinha sido alijado de seus direitos políticos quase uma década antes, já tinha se exilado na Iuguslávia e na França. Mostra essa fase da vida em que eles pareciam, ou relembram hoje como inteiramente feliz.
    A militância era algo tangente, tema de conversas, do medo dos pais do envolvimento da filha, e presente na ação subterrânea, quase caridosa do engenheiro que ajudava a troca de cartas de exilados políticos. A opressão era objeto das reportagens, ainda que censuradas, e também presente no cotidiano, como na cena da blitz no começo do filme.
    A vida era de amigos.
    Até que a tragédia vem, como pode alguém tirar seu marido de casa e ele nunca mais voltar. Como pode um estado que carrega para um centro de tortura uma adolescente e sua mãe. Como pode essa gente, ainda impune, ter negado a morte de um pai? Pior, ter tentado matar as memórias da família inventando histórias sobre ele.
    Eunice não morreu, sobreviveu, e ainda sobrevive como um ícone da luta contra a ditadura, ainda que talvez só agora esteja sendo reconhecida como deve. Mais, Eunice levou a vida, continuou como deveria continuar.
    Alguém me disse que esperava ter se emocionado mais. Acho engraçado isso de ir para um filme pensando em se emocionar, eu também fui e tenho curiosidade de como um estrangeiro vai ir ver o filme, principalmente sem saber de antemão que Rubens não volta.
    Mas duas cenas me fazem entender como o filme intencionalmente não queria que a gente se emocionasse tanto assim, de alguma forma. Assim como Eunice não quis, assim como a escolha de Eunice foi a de lutar, mas a de seguir.
    Logo que volta da tortura (ela sofreu tortura, ainda que não física), e encontra sua filha, outra vítima, mas que ela vá para a escola, que siga a vida, que agora era ela quem cuidaria disso. Esse entendimento se completa quando uma irmã diz para a outra: “nós não falamos disso”.
    Eunice falava com os adultos disso, Eunice lia e relia os processos, as notícias. Mas escolheu que os filhos continuassem a viver. O que ela também fez e é mostrado nas importantes cenas de 1996 e 2014. A vida continuou, nova pessoas vieram, eles tiveram novo sonhos, novos desafios, ainda que a presença do pai ainda fosse constante.
    A sensação é de que cabiam mais histórias, que queríamos saber mais de como eles estavam nas passagens de tempo, do que faziam, do que foi a vida profissional de Maria Lucrécia Eunice. Poderia tranquilamente ter mais meia hora de filme.
    Fernanda Torres está sendo aplaudida como deve, numa atuação naturalíssima. Em nenhum momento vemos só a atriz, sempre a personagem está na tela. Mas todas as atuações merecem destaque, as filhas são espetaculares. Pensei que se fosse ficcionalizado de outra forma, talvez um diretor optasse por excluir alguma das filhas, mas elas ficaram ali e foi possível entender um pouco da personalidade de cada uma, e de Marcelo também, ainda que esse seja ainda uma figura pública. As atrizes que as interpretaram foram gigantes, nem sei qual foi melhor. A Zezé também merece demais destaque, a presença dela é muito natural.
    Ademais, os amigos também foram bem representados, e é muito interessante olhar nos créditos e ir pesquisar quem são aquelas pessoas, quem é a Dalal, o Gaspa, o Baby, todos grandes figuras da nossa história.
    Fernanda Montenegro não precisa nem falar.
    O Oscar? Quem sabe, mas se vier vai valer simplesmente por fazer ele ser mais assistido. Pra isso o filme serve, pra ser assistido.
    Lucas Rodrigues
    Lucas Rodrigues

    1 seguidor 45 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 8 de novembro de 2024
    Ainda Estou Aqui é uma obra que desafia definições simples, transcendendo a experiência cinematográfica convencional.

    Enquanto os créditos subiam e eu tentava juntar os fragmentos do meu coração, fui tomado pela incapacidade de resumir Ainda Estou Aqui em uma única frase — uma prática que é parte essencial do meu trabalho. Assistir a filmes é crucial para minha profissão, e ao longo do tempo, muitas experiências cinematográficas acabam se confundindo. Poucos filmes ousam nos tirar da zona de conforto, e menos ainda conseguem fazê-lo com tal maestria.

    Este ano, a sensação de que uma frase só não capturaria a magnitude de uma experiência tem sido rara, quase inexistente. E é por isso que fico feliz em compartilhar minha convicção de que o filme mais aguardado do ano no Brasil é muito mais do que eu poderia esperar.

    Walter Salles assume uma missão delicada. Ainda Estou Aqui não apenas exige respeito e memória pelos que sofreram profundamente durante a ditadura militar no Brasil — o que, por si só, já torna o filme incrivelmente significativo — mas também carrega o desafio de retratar uma realidade dolorosa com a sensibilidade necessária para evitar reduzir a história da família Paiva a um mero espetáculo. Retratar o sofrimento é essencial, mas Salles entende que seria injusto narrar uma história centrada na angústia de uma família sem primeiro mostrar o amor que os unia.

    Ao fazer isso, ele honra a memória dessas pessoas e incita uma reflexão sobre os horrores vividos por esta família e por tantas outras, horrores que persistem até hoje, com muitos responsáveis ainda impunes. Essa é a força singular do filme: a consciência de que esta não é apenas uma história trágica e revoltante, mas um reflexo de tantas outras. E pensar que, em rede nacional, uma figura pública uma vez exaltou um dos torturadores desse período, angariando seguidores e depois ascendendo à presidência do Brasil…

    Uma das escolhas mais fascinantes do roteiro é a inclusão de momentos de alegria — aniversários, jantares em família, festas e passeios para tomar sorvete. Parece quase implausível que tais alegrias inocentes pudessem coexistir em uma realidade tão cruel. Mas aí reside a maior força do filme. Esse era o Brasil. Em uma simples caminhada para casa, alguém poderia ser abordado sem saber se sairia vivo (um medo que infelizmente ainda persiste, embora por outros motivos). Pessoas desapareciam do dia para a noite, vidas eram roubadas, a felicidade se esvaía em um instante, restando apenas lembranças em casas onde a ideia de “lar” se tornava uma lembrança dolorosa dos entes queridos tirados de repente.

    Tudo isso é capturado por um poderoso domínio do silêncio na narrativa. Salles valoriza as pausas, consciente do peso da história que conta. E essa escolha se torna evidente numa sala de cinema mantida em silêncio absoluto por quase duas horas e meia. Do melodrama ao humor, passando por momentos em que o suspense quase beira o terror, o filme é conduzido por uma lente calorosa, capturando a essência dos personagens, mesmo em meio a tanto sofrimento, transformando cada momento de afeto em um abraço necessário para o espectador.

    E embora a direção de Walter Salles seja excelente, é Fernanda Torres quem realmente rouba a cena. Ela é deslumbrante, cativante, terna e inegavelmente hipnotizante. O filme deposita nela uma enorme responsabilidade e, como sempre, ela não decepciona por um único segundo. Se perdi a conta das lágrimas derramadas naquela sala de cinema, tenha certeza de que Fernanda Torres foi a razão.

    Por 30 anos, Eunice Paiva buscou justiça pelo marido. Como esposa, carregou o terrível fardo de ver o amor de sua vida ser tirado sem a chance de dizer adeus. Como mãe, precisou se reinventar para manter a família unida. Sua resiliência é imensurável; ela suportou uma dor inimaginável e ainda assim conseguiu levantar-se a cada dia e continuar uma luta aparentemente impossível. Fernanda Torres captura cada nuance das emoções turbulentas de Eunice, honrando sua memória com um olhar que irradia força materna. Sem ela, o filme poderia funcionar, mas provavelmente faltaria metade do impacto que ele possui.

    O restante do elenco também impressiona, especialmente as atrizes que interpretam as filhas do casal e o ator que interpreta o filho. Suas atuações tornam cada interação crível, como se realmente fossem irmãos, e quando o filme exige emoção intensa, eles entregam tudo. Selton Mello, mesmo com pouco tempo em cena, deixa uma impressão duradoura, e o que mais podemos dizer sobre Fernanda Montenegro? Dê a ela duas horas ou dois minutos — não importa, ela sempre oferece uma performance extraordinária.

    Com ou sem indicações ao Oscar, Ainda Estou Aqui já é um marco para o cinema brasileiro. Faz anos que uma produção nacional não conquista tanto reconhecimento internacional e, melhor ainda, o público não estava tão ansioso para vê-la. É maravilhoso ver o nosso cinema vivo e o público valorizando a força que possuímos. Ainda Estou Aqui fala sobre diálogo, combate nosso complexo de inferioridade e ilumina um capítulo da nossa história que muitos tentaram apagar. O Brasil é da celebração, da memória e do drama emocional. Ainda estamos aqui, e por mais que tentem nos silenciar, daqui não sairemos!
    Luciane Palhares
    Luciane Palhares

    1 crítica Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 8 de novembro de 2024
    O filme é uma obra prima! A música, a filmagem, a atuação de Fernanda Torres e Selton Melo foram fantásticas! Simplesmente amei!!! Recomendo demais!!!! Viva o cinema brasileiro!!!!
    Welington S.
    Welington S.

    6 seguidores 11 críticas Seguir usuário

    4,5
    Enviada em 8 de novembro de 2024
    Filme brasileiro de maior repercussão internacional dos últimos anos, ganhador do prêmio de melhor roteiro no Festival de Veneza e cotado para o Oscar, Ainda Estou Aqui dramatiza a trajetória da família Paiva entre a prisão de Rubens Paiva, o pai, e a luta de Eunice Paiva depois do sumiço do marido. Walter Salles mergulha o espectador na intimidade dessa família e o torna cúmplice, fazendo com que se importe com o destino de cada um. Cria personagens tridimensionais, reais, críveis. Fernanda Torres interpreta o papel de sua vida, quase uma heroína grega marcada pela tragédia, com sutileza, sem jamais cair no excesso ou caricatura. Cenografia minuciosa, roteiro enxuto, interpretações naturais, trilha sonora escolhida a dedo, edição precisa, tudo contribui para que o diretor consiga transmitir exatamente o que se propôs. Como conhecia a história, havia lido o livro no qual o filme se baseia, além de reportagens a respeito, minha atenção focou nas soluções cinematográficas empregadas pelo diretor. Ele consegue tornar essa história particular em algo universal, capaz de dialogar com o público de qualquer lugar do mundo. Autor de Central do Brasil e Diários de Motocicleta, 2 filmes que amo, obras humanas e delicadas, Walter aparou todas as arestas e criou uma obra essencial, equilibrando aqui emoção e reflexão.
    J J Moratto
    J J Moratto

    1 crítica Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 8 de novembro de 2024
    Filme maravilhoso e emocionante, interpretação memoravel de Fernanda torres e Selton Mello , vale lembrar que em poucos minutos Frendanda Montenegro consegue entregar e emocionar a todos os telespectadores,
    Matheus Machado
    Matheus Machado

    1 crítica Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 8 de novembro de 2024
    Atuação absurdamente consistente da Fernanda Torres e de todo o elenco, Rubens Paiva foi grandemente homenageado.
    Renata T.
    Renata T.

    12 seguidores 3 críticas Seguir usuário

    4,5
    Enviada em 8 de novembro de 2024
    Um filme forte e triste, mas, ao mesmo, tempo que soube mostrar a ternura e amor dentro de uma família linda. Emocionante!
    Ane Bispo
    Ane Bispo

    2 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 8 de novembro de 2024
    “Ainda estou aqui” é uma obra-prima que nos transporta para um dos períodos mais tenebrosos da história do Brasil, a ditadura militar, com uma sensibilidade e profundidade que raramente vemos no cinema. A atuação de Fernanda Torres é simplesmente impecável, trazendo uma dualidade de força e vulnerabilidade que tornam sua personagem inesquecível. Cada cena em que ela aparece é carregada de emoção, e é impossível não se sentir tocado por sua performance. Aliás, que elenco primoroso: Selton Mello, como sempre, maravilhoso; Olívia Torres, Valentina Herszage… incríveis!
    O roteiro é um verdadeiro deleite, entrelaçando narrativas pessoais com os grandes desafios enfrentados pela sociedade brasileira na época. A forma como os diálogos são construídos revela a luta interna dos personagens, suas esperanças e medos, fazendo com que o espectador se conecte profundamente com suas histórias, que também são sobre chegadas e partidas.
    A direção (obrigado, Walter Salles) é igualmente primorosa, conseguindo capturar a essência do período, utilizando recursos visuais e sonoros que intensificam a atmosfera de tensão e resistência. Ah, e ver Fernanda Montenegro em cena é sempre emocionante.
    O filme é um convite à reflexão. Ao final, deixei a sala de cinema sem palavras, atravessada por um muitas emoções — uma combinação de tristeza, esperança e admiração pela coragem dos que se opuseram à repressão. Viva o cinema nacional!
    Vinimf Br
    Vinimf Br

    1 crítica Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 8 de novembro de 2024
    É um filme emocionante, muito marcante e vívido. A forma como o filme é retratado deixa o telespectador muito próximo dos personagens, com o decorrer do filme você sente suas dores e angústias, nessa história real e marcante do cenário político brasileiro.
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