Ainda Estou Aqui: Críticas - Página 10

Ao assistir "Ainda Estou Aqui", fui completamente transportado para o Brasil dos anos 70, uma época que não vivi, mas que a fotografia do filme me fez sentir como se estivesse lá. Cada quadro é impecável, imerso em detalhes que recriam a sociedade brasileira daquela década com uma autenticidade que quase me faz acreditar que eu próprio testemunhei aqueles tempos.

O design de produção é outro triunfo. Com um trabalho impecável na construção dos cenários, figurinos e maquiagem, a direção de arte faz jus ao ambiente histórico, trazendo um realismo que torna o filme não apenas verossímil, mas vivo e pulsante. Esses elementos, juntos, constroem uma ambientação envolvente e historicamente precisa.

A trilha sonora e o trabalho de sonoplastia merecem destaque. Com uma seleção cuidadosa de músicas da época, a trilha recria o clima da ditadura militar e engrandece a narrativa ao reforçar a carga emocional de cada cena. É como ouvir um relato sonoro de um tempo repleto de tensão.

Quanto à direção, @waltersalles_oficial mostra mais uma vez seu talento, capturando nuances emocionais profundas com precisão. Ele entrega uma cena memorável, onde um simples olhar transmite camadas de sentimentos e significado. É um momento de puro cinema.

O elenco, por sua vez, é uma força à parte. @oficialfernandatorres retorna a um papel ambientado no período da ditadura, mas traz algo completamente novo, demonstrando toda a sua versatilidade. @seltonmello , mesmo com tempo de tela reduzido, deixa sua marca e ancora o roteiro. E então temos @fernandamontenegrooficial , que se destaca em um momento de catarse silenciosa, sem uma única palavra, mostrando porque é considerada uma das maiores atrizes do Brasil.

O roteiro também merece elogios: conciso e poderoso, sem pontas soltas. Tudo em "Ainda Estou Aqui" funciona em harmonia. É um filme que vai além do entretenimento; ele provoca, emociona e faz refletir sobre a nossa própria história.
Considero o filme do ano! Espera-se que vá para o Oscar, e eu acredito que sim.

O cinema nacional resiste! Até 2025...

Visto na pré-estreia do filme no Rio de Janeiro em 21 de outubro de 2024 no Cinema Odeon! Absurdo demais

Tive o privilégio de assistir ao filme em tela grande, aqui em Salvador, no Cine Glauber Rocha. 🥰

Confesso que criei uma grande expectativa sobre o filme, e não gosto disso. Sempre me dou mal.

Durante o filme, eu tinha certeza de que estava presenciando uma grande obra do cinema brasileiro.

Por quê? Sei lá, não sou crítico, rs.

Mas a energia naquela sala era incrível, cada frame era um show à parte, a fotografia das paisagens do Rio de Janeiro era de tirar o fôlego. A Fernandinha e o Seltão brilharam na tela. 😊

O filme retrata a tristeza e a raiva que a ditadura causou (e ainda causa). Mas filmes sobre isso, já temos bastante. E o Waltinho trouxe uma história de dor e sofrimento com uma delicadeza ímpar.

Ah, e vale ressaltar: a coragem e resiliência da Eunice Paiva. Que mulher! 👏🏽👏🏽👏🏽

Vale todos os aplausos e prêmios.