É quase impossível assistir a The Way Back e não assimilar Bem Affleck com seu personagem Jack Cunningham.O ator quase perdeu o papel após uma recaída com as bebidas,mas felizmente ele ficou com o personagem e estraga uma de suas atuações mais sólidas.
É um longa que segue uma mesma fórmula já vista tantas vezes que eu esperava um mero filme.Porém é notável que o filme não quer seguir essa fórmula á regras.Na verdade é sobre o Jack que o filme quer falar,e nisso ele se sai muito bem.É um drama que estabelece os vícios e os problemas pessoais de seu protagonista de maneira menos expositiva possível e isso é uma das melhores coisas aqui.
O personagem e Affleck tem uma carga tão forte que provavelmente ele procurou pensar em si mesmo e em seus vícios,e dá para notar a agilidade que o ator trabalha esse alcoolismo e a perca precoce do filho e tudo tão orgânico que realmente é muito sólido.A estrutura também não segue o que eu esperava,pelo menos como um todo.Normalmente o clímax do filme acontece exatamente com um título e uma cesta no último segundo,porém,isso não acontece aqui e realmente subverteu essa expectativa.
As cenas dos jogos tem fôlego mediano,e montagem entrega momentos bacanas mas não tão fortes como o esporte proporciona.Mas como o filme tem outros arcos ele deixa lacunas em alguns,o arco entre Jack e seu jogador tinha potencial mas no fim é raso demais.A relação entre ele e sua esposa tinha um potencial poderoso que não é levado tão adiante também.
The Way Back apesar de bastante formulaico,save usar os clichês,subverter expectativas e tem um fôlego muito forte nos dramas de seu protagonista.A boa atuação de Affleck consegue transmitir bem esses problemas do personagem,e no fim é uma redenção não só do personagem como do ator.