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Iracema J
8 seguidores
48 críticas
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5,0
Enviada em 24 de abril de 2021
Com direção de Lee Daniels e roteiro baseado no livro Chasing the Scream de Johann Hari, essa cinebiografia sobre a maior cantora de jazz de todos o tempos, Billie Holiday, e seus problemas com as autoridades anti narcóticas americanas é um filme quase perfeito. O ponto fraco está exatamente na fidelidade total dos acontecimentos, pois se atentarmos para o relato sob o ponto de vista autobiográfico da própria cantora e entrevistas com amigos e cantores da época, alguns fatos aparecem desfocados. Uma delas é a questão da mãe de Billie que é posta nesse filme como uma cafetina prostituta na visão de um dos personagens em uma viagem lisérgica de heroína. Embora Billie tenha relatado problemas na infância ela jamais fez essa acusação da mãe. A carência do produtor e crítico John Hammond e outras personalidades também se fazem sentir para quem pesquisou sobre a vida da cantora. No entanto em se tratando de questões políticas da época principalmente relacionadas a segregação e perseguições raciais, aí entra não "um filme" mas "o filme" de impacto desse ano que contrasta de forma visível com o mal feito, comportado e vazio "A Voz Suprema do Blues". O roteiro se concentra no começo dos anos 40, exatamente o ponto crucial da carreira de Billie, antes e depois de Strange Fruit, música de protesto contra o linchamento de negros nos Estados Unidos, parecendo mais atual do que nunca se pensarmos que uma forca foi substituída hoje em dia por joelhos humanos. A interpretação de Andra Day como Billie Holiday é a atuação do ano: todos os maneirismos, sexualidade, instintos estão com ela. Também existe grandes intervenções do elenco de apoio e produção impecável. No pós crédito cantando e bailando com Trevand Rhodes, Andra balbucia, não pise no meu Prada e ele responde algo como, não existia Prada naquela época. É um diálogo que beira a perfeição para esse filme.
Estados Unidos vs Billie Holiday vale a pena por conta da ótima atuação de Andra Day, mas, é um filme extremamente cansativo, com um roteiro repleto de decisões equivocadas. No fim das contas, não é um filme ruim, mas acaba sendo pouco memorável, bom filme.
Billie Holiday, uma das melhores cantoras de todos os tempos. Uma voz única. Um talento raro.
Nunca será esquecida.
Eleanora Fagan Gough, um criança negra, nascida em 1915, no país mais racista do mundo, pobre, abandonada pelos pais, viveu nas ruas, foi prostituta.
Essas duas são tão diferentes, só que Eleanora e Billie são a mesma pessoa, nem o sucesso, dinheiro e fama da última conseguiram apagar as dores e cicatrizes na alma da pequena Eleanora.
Parece mentira, mais aconteceu essa luta entre a estrela Billie Holiday e o governo americano e tudo por ela ser negra e insistir em cantar um canção.
"Strange fruit", no filme explica do que se trata a letra, é chocante.
Andra Day, em seu primeiro papel para o cinema, prova que tem um talento genuíno, que não se aprende em nenhum curso ou faculdade.
Ela também canta as canções e ajuda ela ter um timbre parecido, uma atuação incrível.
Para viver o papel ela começou a beber, fumar, emagreceu 20 kilos escutou tudo de Billie, viu e leu cada entrevista, chamou toda a dor e tentou entender e viver isso. O resultado é sensacional!
Um filme obrigatório para os fãs dessa cantora magistral e necessário para todos que não se conformam com o racismo.
Considerada como uma das maiores e melhores cantoras de jazz da história, Billie Holiday é o objeto de estudo por trás da cinebiografia "Estados Unidos vs Billie Holiday", dirigida por Lee Daniels. Porém, ao contrário de outros filmes do gênero, a obra não faz um retrato completo da existência de Billie - e sim, captura um momento específico de sua vida, quando ela, por boa parte de sua carreira, foi perseguida pelo Departamento Federal de Narcóticos.
Billie Holiday (Andra Day) se tornou alvo deste órgão, principalmente após o lançamento de uma de suas canções mais célebres: "Strange Fruit" (1939). A música fazia uma crítica ao racismo nos Estados Unidos, em especial ao linchamento de negros no sul do país. Como não podiam censurá-la, afinal, os Estados Unidos são um país que prezam a liberdade de expressão de seus habitantes, a equipe liderada por Harry Anslinger (Garrett Hedlund) - se aproveitando do vício da cantora em drogas - fez de tudo para plantar heroína nos seus quartos de hotel e, até mesmo, no hospital que foi o leito de sua morte.
Para tanto, os agentes federais contavam com a cumplicidade de pessoas que faziam parte do círculo íntimo de Billie, chegando até mesmo a infiltrar agentes negros - o filme destaca a figura de Jimmy Fletcher (Trevante Rhodes) - que ganhavam a confiança da cantora antes de efetuarem os seus atos de traição. "Estados Unidos vs Billie Holiday" mostra que a perseguição foi até o último dia de vida da cantora, em 17 de julho de 1959.
No início da nossa resenha crítica, falamos sobre o fato de "Estados Unidos vs Billie Holiday" não ser uma cinebiografia tradicional. A opção do diretor Lee Daniels em fazer diversos retratos, de momentos distintos da vida de Billie, traz um preço alto ao andamento do filme. A sensação que temos é a de que nunca chegamos a ficar próximos de quem Billie realmente foi. Andra Day, numa ótima atuação (indicada ao Oscar de Melhor Atriz), faz o melhor que pode, porém ela não consegue salvar o filme da bagunça que ele é.
Filme que rendeu a indicação ao Oscar a boa atriz Andra day em uma performance forte e bem atuante em meios a um Filme cheio de problemas de roteiro e ritmo, mas que possui uma boa trilha sonora.
Billie Holiday foi intensa, essencialmente no sofrimento de amores nada gentis e nos conhecidos problemas com álcool e heroína. Ela incomodava. Mexia com os corações onde ecoava suas dores e, com igual intensidade, virou vítima da perseguição sem trégua da polícia federal dos EUA. Motivo: seu destemor ao atacar o tratamento sofrido pelos negros segregados num país de leis racistas. Sua letra de STRANGE FRUIT incendiava multidões em busca de justiça e ampliava sua própria perseguição. O filme EUA x BILLIE HOLIDAY é sobre os últimos vinte anos da trajetória dessa cantora atemporal. É uma cinebiografia quase toda linear e um tanto careta, salva por momentos de grande força dramática e pela impressionante presença cênica de Andra Day, mais conhecida como cantora. É ela o luminoso motor desse filme que, por sua causa, distancia-se e muito de O OCASO DE UMA ESTRELA (1972) com Diana Ross.
Primorosa obra, fatos são recontados e casam com o lúdico ficcional de uma forma Borgeana. O psicológico dos personagens são profundos, as atuações são densas e as vozes, mesmo as músicas, são trabalhadas ao ponto de não se precisar se quem canta é a Billie Holliday ou Andra Day. (os créditos finais podem surpreender)
Apesar de parecer picotado em alguns momentos, para quem não conhecer a história da cantora, o filme emociona e humaniza esta que foi um ícone e continua sendo fonte de inspiração.
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