“Sócias em Guerra” é uma comédia leve e despretensiosa que, no fundo, celebra a força da amizade feminina. O filme conta a história de duas melhores amigas que construíram juntas uma marca de produtos de beleza, mas têm suas vidas viradas do avesso quando uma empresária inescrupulosa tenta tirar vantagem de sua ingenuidade e destruir a relação delas por pura ganância.
O ponto mais forte do longa é, sem dúvida, a química entre as protagonistas. A relação entre as personagens não é perfeita, mas é autêntica e comovente. Elas erram, se desentendem e, às vezes, duvidam de si mesmas, mas nunca deixam de lutar para manter a amizade viva. Esse vínculo sincero é o coração do filme e o que o torna tão especial, mesmo em meio a algumas piadas que não funcionam tão bem.
Um dos aspectos mais tristes – e também mais relevantes – da história é a figura da antagonista, que simboliza como a rivalidade feminina ainda é usada como recurso narrativo, mas aqui, felizmente, para ser contestada. A ganância dela, alimentada por sua ambição desmedida, serve como contraste ao poder de duas mulheres unidas por um propósito maior.
Apesar de alguns momentos previsíveis e clichês, “Sócias em Guerra” tem uma mensagem bonita: adversidades podem surgir, mas quando existe uma amizade genuína, há sempre força para resistir. Não é uma obra-prima, mas diverte e aquece o coração, mostrando que, no final, quem joga sujo é quem perde.