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Afonso Henrique A. de Andrade
1 crítica
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4,5
Enviada em 9 de maio de 2021
Dou nota 4,5 porque está ótimo o filme e gostei da nova era de traços desenhados, a Sony está criativa em seus flimes e o melhor é a musica do final. E essa foi minha primeira crítica no Adorocinema e tchau.
Em 2009 Phil Lord e Christopher Miller escreveram e dirigiram “Tá Chovendo Hambúrguer” a animação chamou atenção com seus personagens interessantes em uma trama louca e cativante. Suas participações em longas animados sempre são inventivas, bem humoradas e impulsionam a mídia para novas possibilidades. Um bom exemplo é o excelente “Homem-Aranha no Aranhaverso” de 2018. O qual eles escreveram e produziram. Agora em 2021 a dupla produz o filme “A Família Mitchell e a Revolta das Máquinas” que é escrito e dirigido por Michael Rianda e Jeff Rowe. Seguindo a linha das animações mencionadas encontramos um visual que impressiona, personagens cativantes com designs interessantes e uma linguagem ousada que mescla referências com interferências visuais e a estética das redes sociais e aplicativos de interação dos smartphones. A dupla de diretores, que fez parte da equipe da ótima série animada “Gravity Falls: Um Verão de Mistérios”, é hábil em trabalhar com referências. Sabendo incorporá-las na história e nos arcos narrativos.
Com personagens excêntricos e uma estética e identidade própria, a obra utiliza diversas técnicas para trazer a linguagem e os formatos da internet para a trama. A combinação entre animação 2D e animação 3D junto com os grafismos que vemos na tela deixa tudo com um tom novo, jovial e inventivo. Grafismos que muitas vezes fazem link direto com filtros e máscaras muito utilizados na internet. Katie Mitchell (Com a voz original de Abbi Jacobson) é aceita na faculdade de cinema da Califórnia. Seu pai Rick (Com a voz original de Danny McBride), em uma tentativa de se reaproximar da filha, organiza uma viagem em família para levá-la à universidade. Durante o percurso acontece uma revolta das máquinas e os membros da família Mitchell são os únicos humanos não capturados. Cabe a eles resolverem seus conflitos e salvar o mundo. A assistente pessoal PAL (Com a voz original de Olivia Colman) é a vilã do longa. Porém, o apocalipse é apenas pano de fundo para uma história íntima, pessoal e um debate sobre a dificuldade de comunicação entre as pessoas.
Katie é fã de cinema e viciada em internet, é através dela que são trabalhadas a maioria das referências. Ela procura seu lugar no mundo e a sua “tribo”. Um comportamento comum dos jovens adultos, aliás, um comportamento comum para humanos de todas as idades. Katie não se dá bem com o pai e fica aliviada com a possibilidade de ir para longe da família. Rick se esforça para interagir com a filha mas eles não conseguem se comunicar. Katie e o irmão Aaron (Com a voz original de Michael Rianda) se dão muito bem, já na relação com sua mãe, Linda (Com a voz original de Maya Rudolph), o diálogo existe apesar de acontecer alguns conflitos. É na dificuldade do diálogo e de entendermos uns aos outros que está o foco da trama. Um debate que se estende por toda a obra. O desentendimento da vilã PAL com seu criador Mark Bowman (Com a voz original de Eric André) nasce de uma falha de comunicação. Os robôs não conseguem compreender o cachorro pug da família Monchi (Com a voz original de @itsdougthepug). O caçula da família, Aaron, só se dá bem com dinossauros e não consegue interagir com a vizinha. Esses são alguns dos vários exemplos de elementos, arcos e sequências que refletem a dificuldade na comunicação. A Família Mitchell têm que salvar o mundo, mas o principal é não perder a relação entre eles e se entenderem melhor uns com os outros.
Uma animação divertida, inventiva e atual. Que apresenta um visual inovador com uma linguagem ousada em ritmo frenético. São muitas as referências à cultura pop e ao cinema. A obra também traz um debate e uma crítica às grandes empresas de tecnologia que visando lucro e crescimento comercializam nossos dados, criam algoritmos, assistentes pessoais e inteligências artificiais que interferem diretamente em nossa sociedade. As empresas não se preocupam com nosso bem estar e a tecnologia que poderia facilitar nossas relações pessoais, acaba dificultando nossa capacidade de entender o outro.
É um filme muuuuito divertido! Além, é claro, do aprendizado. Pra quem deseja juntar a família num final de semana indico esse filme. Não vão se arrepender. Principalmente quem tem criança ou adolescente em casa. 😍
Animação de ótima qualidade com um roteiro bonito, cheio de lição e uma direção de arte espetacular, se tivesse sido lançado antes seria parelho com Saul.
Na minha opinião esse filme retrata a vida dos seres humanos hoje com a tecnologia antes da tecnologia todo mundo saia juntos,comia junto, dava um passeio mas agora é só ,computador jogos online , celular então esse filme merece um prêmio não só por retrata como os seres humanos são mas sim como uma familia pode sair de só pra celular pra uma família unida
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