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Eduardo Santos
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183 críticas
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4,0
Enviada em 14 de junho de 2019
Almodóvar é um dos cineastas mais festejados do mundo, desde que me entendo por gente. E seus filmes, sempre muito coloridos (visualmente e figurativamente falando) sempre apresentam traços fortes da personalidade do diretor espanhol que acabou alçando status de gênio contemporâneo. Seus personagens principais são sempre fortes e complexos. Aqui não poderia ser diferente. Mais maduro do que nunca, ele nos traz um filme redondo, bonito e extremamente pessoal (de acordo com o próprio, o mais pessoal de toda sua filmografia). Muita gente já rotulou o filme como uma autobiografia, mas não o é. O próprio cineasta já falou isso. Há várias coisas que remetem à sua vida ali, mas o Salvador do filme não é Almodóvar. Essas associações se fazem presentes por evidências claras de uma inspiração na vida do diretor. O filme narra a vida de um cineasta, homossexual, ovacionado pela crítica e que passa por um processo de perda criativa. Um amor marcante do passado, a primeira revelação de desejo, um relacionamento intenso com sua mãe, drogas e dor física. Tudo isso está lá, muito bem amarrado e narrado com extrema delicadeza e esmero. É um filme lindo sobre a vida de um homem e suas escolhas. Um filme sensível e tecnicamente beirando a perfeição. E que elenco! Antonio Banderas nos dá a melhor interpretação de sua carreira. Marcante e dedicado, o ator evidentemente se entregou ao papel. E ainda há participações de grandes atores de língua espanhola que estão fantásticos tais como Penélope Cruz e Leonardo Sbaraglia. Em suma, trata-se de um filme que é para aqueles que curtem cinema de arte, com história relativamente simples, bem contada e que deixa um gostinho de quero mais. Pedro Almodóvar sendo Pedro Almodóvar. Em seu melhor estilo.
Sinceramente não entendo como tem pessoas que gostaram desse filme. Um filme que faz apologia a droga com ao romantizar a heroína, tem uma cena nítida de pedofilia, ridículo. Me segue no Adorocinema para não perder nenhuma crítica minha.
Lindo, luminoso, humano, absolutamente humano. Almodóvar coroa sua obra com um filme de extrema doçura e Banderas enternece, emociona, apaixona. Penélepe é uma visão - e como Almodóvar sabe cristalizar uma visão em cores, luz e beleza! Dor e Glória, despretensiosamente, sem querer se aprofundar em reflexões sobre a alma humana nem discutir as razões das nossa misérias, fala de gente cheia de amor, de pequenas fraquezas e grandes lembranças. Entrou na lista dos meus filmes preferidos, daqueles que a gente assiste e (re)assiste, como quem ouve várias vezes uma música que fala aos sentimentos.
Um filme 🎬 que conta como alguém que vive entre a Dor 🤕 e a Glória 🤩 de uma forma peculiar, sendo de forma a sempre a se lembrar do passado 👦, ou tentando corrigir a vida no presente 👴, tudo vira uma mistura de fatores, por vezes confusa 🤯, por vezes sentimental 🥺 e por vezes até grosseira 🤬. Algo que atrai em alguns momentos, mas em outros fica bem entendiante 🤔. Uma boa história que até pode sair fora da caixa, mas que se arrasta por momento quase desnecessários 😊. Nota 3 de 5 no Xinguê Movie Rating: ⭐⭐⭐ . . . . . . . . . . #CinetecaXinguê #filme #movie #cinema #Kinoplex #Brascan #Itaim #DorEGlória #DolorYGloria #drama #dor #glória #cinema #família #amor #perdão #Espanha #história #doença #drogas
Salvador (Banderas) é um cineasta em crise pessoal-profissional, após fazer uso crescente de heroína, apresentada a ele por Alberto Crespo (Etxeandia), ator de um filme que já possui mais de 30 anos, e que voltará a ser exibido pela Cinemateca, e com quem havia rompido e não mais falado desde então.
Mais em: https://magiadoreal.blogspot.com/2019/10/filme-do-dia-dor-e-gloria-2019-pedro.html
(Insta: @cinemacrica) Almodóvar está de volta. Dessa vez, o lado reptiliano dos instintos humanos, sobretudo os sexuais, estão muito mais contidos. Salvador, um cineasta que hoje já não desfruta do apogeu da carreira, amarga dores presentes ao mesmo tempo em que adoça essa realidade com memórias infantis. Com claras referências autobiográficas, Almodóvar expõe episódios icônicos que provavelmente marcaram sua carreira e vida íntima. Mesmo com um tom mais discreto, alguns elementos típicos do diretor ainda se fazem presentes. Rapidamente se nota o pragmatismo fotográfico, desde as ambientações funcionais ao claro uso de paletas com cores que já o acompanharam: o primordial vermelho, verde e um tímido azul. Também não falta elegância em sugerir mensagens ou nos tirar de uma posição cômoda. Esse é o caso dos momentos em que Salvador entende que é homossexual: a verborragia é desnecessária quando se manipula a sutileza com habilidade. Faz sentido o título da obra começar com “Dor”. Apesar das conquistas, a carga pessimista encontra mais espaço no roteiro também assinado pelo diretor. A negatividade é explorada de forma sensível e ampla, o declínio da popularidade profissional soma-se a outros reveses como a dor física persistente em diversas partes do corpo, desilusões amorosas, infância atípica e ingresso na experimentação de heroína. Outra dor centra-se na figura materna, um elemento fundamental para Almodóvar. A preocupação padrão quando criança cede espaço para uma relação presente mais ríspida. Há também uma proposição interessante sobre o valor da arte. O mesmo Salvador, muda de opinião sobre o próprio filme e atuação do protagonista após um intervalo de 30 anos. Se antes o ele era mais intransigente, a maior experiência veio carregada de um olhar mais compreensivo. O valor da arte muda com o tempo? De igual forma, artistas estão sujeitos à mesma volatilidade? Almodóvar elegantemente se desvencilha de qualquer auto-construção heróica ou do apelo emotivo para uma visão de mártir da arte. É uma biografia interessante, mas não excepcional.
Filme começa mais fechado, a trama vai se abrindo por camadas e a cada minuto conhecemos mais e mais os personagens. Banderas está ótimo no papel de protagonista é o desfecho da história te pega de surpresa.
Mais um bom filme do mestre Pedro Almodôvar, praticamente biográfico, mostra a vida e obra de uma pessoa cheia de amor, ódio e regozijo. Roteiro é excelente, claro que lento, assim como quase todo os filmes de Almodôvar, mas não deixa de passar uma linda mensagem e ainda uma qualidade enorme. Atuações ótimas de todo o elenco, mas com, destaque para Antonio Banderas que talvez tenha aqui sua melhor performance como ator, estando bem nos diálogos e eficiente nas transições de cena. Dor e gloria é muito bom.
“Dor e Gloria” é um pessoal e intimista filme, uma confissão de erros e arrependimentos, uma aceitação de vitorias e tragédias que vão além da simples compreensão e ganham uma magnitude de significados maiores e mais complexos, quase impossíveis de serem percebidos ou interpretados causados pelo seu misto antagônicos de paixão e pessoalidade que transcorre durante a obra, é quase como um adeus de Pedro que transita entre dor e gloria.
É difícil falar sobre um roteiro que tem clara inspiração na vida de seu autor, porém o sentimentalismo posto aqui nos lembra uma musica ou um poema, todas as sensações são perfeitamente transportadas ao telespectador que no final se encontra com a própria metalinguagem do obra, que intrinsecamente, além de falar sobre a vida e seus percalços argumenta sobre o poder transformador da arte.
O roteiro é o que desponta atenção do filme, porém nada seria desse belo roteiro sem o restante dos componentes artísticos, principalmente as atuações, todos os atores estão simplesmente espetaculares, com um destaque a Antônio Bandeiras que conseguiu dar uma profundidade e vida a um personagem cheio de núncias e demônios interiores.
Pedro sempre teve uma direção novelesca, e aqui não é diferente, sua condução é linda com surtos épicos, apesar de nada muito inovador, o diretor ainda conseguiu chamar a atenção para a sua direção, mesmo com o roteiro e as atuações sendo os principais focos, os enquadramentos e a câmera de Almodóvar são lindos com puras contemplações e enaltecimento da arte.
“Dor e Gloria” é um filme pessoal que funciona quase como um confessionário de Pedro, além de ser seu filme mais maduro, para mim, o melhor filme estrangeiro indicado ao óscar de 2020. NOTA: 9,5/10
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