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    A Costureira de Sonhos
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    3,1
    18 notas
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    4 Críticas do usuário

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    Benedicto Ismael C. Dutra
    Benedicto Ismael C. Dutra

    84 seguidores 145 críticas Seguir usuário

    4,0
    Enviada em 13 de novembro de 2020
    A protagonista Ratna (Tillotama Shome) representa uma mulher de coragem que teve a ousadia de sonhar com uma vida melhor. Nascida na vila, orientada desde cedo que nasceu para trabalhar para os outros para ter o que comer, sem direito a uma vida própria, a não ser obedecer às rígidas tradições de sua casta. Ratna, trabalhava em Muday como doméstica no apartamento de um engenheiro rico chamado Ashwin (Vivek Gomber). Ali, no apartamento, se passa a maior parte das cenas, o contraste entre uma pessoa instruída e de posses e outra dependente de seu trabalho para um viver na apertura, mas dotada do bem senso que a vida lhe ensinou.
    Ashwin estranha que ela acredite em Deus e pergunta se ela não fica aborrecida e revoltada com as condições antinaturais em que vive, mas ela nada pode fazer para mudar isso, pois tinha sido desde criança habituada a encarar isso naturalmente, mas queria ser costureira estilista para ter uma condição melhor de vida do que as viúvas em geral que ficam presas à casa dos sogros.
    Ratna percebe claramente como é difícil a união entre um homem e uma mulher quando são flagrantes as diferenças culturais e econômicas, como se vivessem em mundos diferentes, mas não se pode negar o encanto do relacionamento entre os jovens. Com força de vontade Ratna vai encontrar um caminho de esperança para sua vida sofrida. Ashwin também conseguirá se desligar da decepção causada por sua noiva. O filme dirigido por Rohena Gera apresenta uma conscientização da questão da sociedade dividida por castas vista pelas novas gerações e, ao mesmo tempo, uma possível acomodação.
    Rita C.
    Rita C.

    9 seguidores 7 críticas Seguir usuário

    4,0
    Enviada em 27 de maio de 2019
    Um filme lindo, sensível, colorido e emocionante. Acompanhar a trajetória da audaciosa e delicada Ratna em sua batalha para vencer as arcaicas, estratificada e rígidas das estruturas da sociedade indiana, seja na vila como no mundo dos ricos..Uma história de coragem e amor.
    Ligia F.
    Ligia F.

    1 seguidor 6 críticas Seguir usuário

    3,5
    Enviada em 3 de junho de 2019
    filme delicado e intimista mas mostra bem a realidade de diferentes castas na india, Mumbai está linda bem como conheci.
    Márcio F
    Márcio F

    8 críticas Seguir usuário

    4,0
    Enviada em 26 de junho de 2019
    Pensemos a Índia hinduísta como uma cultura com mais de quatro mil anos de história. Ora, tradição, neste contexto, é algo tão duro quanto um diamante para ser quebrada. E o melhor do ótimo filme indiano A Costureira de Sonhos, é justamente mostrar o peso desta tradição em contraste com uma sociedade que se insere no contexto de economia globalizada, urbana, capitalista. A diretora e roteirista Rohena Gera (que com ele conquistou o prêmio da Fundação GAM na última edição do Festival de Cannes), constrói uma deliciosa e preciosa fábula urbana passada na cosmopolita Mumbai e protagonizada por uma mulher, viúva, de origem rural. Com isso ela confronta a tradição com a modernidade e elabora uma feliz arquitetura de disparidades tanto de realidade econômica e social, quanto de valores e comportamentos. Mais interessante ainda é justamente verificar através de suas bem construídas personagens, o quanto a Índia contemporânea, como um todo, padece de desconforto nesse hiato, consciente de que as mudanças são irreversíveis, mas o caminho ainda é instável e tortuoso, com avanços e retrocessos constantes. Uma dança em que o bailado necessita de passos para frente e para trás para manter a evolução com graça. As situações, inúmeras, criadas durante a projeção, são perfeitas na elucidação das diferenças que pontuam a história, centrada na relação de Ratna e Ashwin, que assumem a função de arquétipos de feminino e masculino; rural e urbano; pobre e rico; pouco estudo e formação no exterior; que por força de circunstâncias vão se aproximando, mas não se mesclam, como uma comédia romântica faria supor ao final. Contudo tornam-se indissociáveis, transformando-se em metáfora do paradoxo da sociedade indiana e seus conflitos. Um filme que foge ao exotismo imagético comum ao olhar ocidental e nos apresenta sim, algo colorido e rico em sabores de especiarias e aromas, mas longe dos clichês, com ambientes modernos, que poderiam colocar a história em qualquer lugar do mundo, e mesmo a ampla utilização do anglicismo no linguajar das classes privilegiadas. O próprio título “Sir”, que reflete o processo de ocidentalização a partir do domínio britânico e subjuga a doméstica Ratna ao patrão Ashwin é prova incontestável desta premissa básica. Além de inteligente, fluído, bem fotografado e construído, A Costureira de Sonhos é delicioso de assistir e tem os ingredientes otimistas que se espera do gênero, com uma “heroína” que enfrenta com galhardia seu status quo e conquista, com verossimilhança, seu lugar ao sol. Ou melhor, sua vista de Mumbai do alto (forte imagem). O trabalho da atriz Tillotama Shome (Ratna) é espetacular e Vivek Gomber (Ashwin) cumpre bem seu papel coadjuvando neste primor de filme que tem no feminino seu ponto alto, seja qual for o aspecto observado. Imperdível!
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