1° cinema do ano: Minha mãe é uma peça 3
Mesmo com a polêmica envolvendo beijo gay e respeito ao público hétero, botei a militância pra dormir e fui conferir o filme. E ele, como já esperado, é risada do começo ao fim.
O roteiro fala muuuuito bem sobre o desapego da mãe aos filhos quando eles decidem sair de casa e explora muito bem isso, apesar de ter cenas totalmentes descartáveis dentro da trama (a cena da viagem mesmo, total sem sentido dentro da trama, mas é super engraçada, e não impacta negativamente, só não acrescenta em nada). Apesar dessa perdida no começo do primeiro ato, o restante do filme se encontra e segue uma trilha bem estruturada.
O desenvolvimento dos personagens também é notável. Todos amadurecidos, com destaque nos dois filhos. Além disso, indo de encontro à polêmica, o beijo gay não fez falta alguma. Apesar das declarações, um beijo gay no filme causaria estardalhaço, revolta, enquanto que o assunto homossexualidade foi abordado de maneira tão didática, tão real e verossímil que faz com que o público majoritário (hétero) ouça e entenda, sem saírem revoltados. O filme fala com carinho com eles, entende? Na intenção de educar e não causar surpresa.
Além disso, fiquei com gostinho de quero mais, apesar de entender perfeitamente esse ser o último filme da trilogia. Eles souberam a hora de parar, mesmo ganhando tanta grana, e isso é louvável.
Por fim, é um filme super gostoso de assistir, que apesar das suas duas horas de duração, não me causou cansaço. Apesar de eu não ser do time que solta altas gargalhadas, o sorriso não saiu do meu rosto, enquanto que o restante dos expectadores não pararam de gargalhar um segundo só.