O enigmático bilionário conhecido como 1 (Ryan Reynolds), forja sua morte e monta um grupo com mais 5 indivíduos com o propósito de realizar missões ao redor do planeta, visando unicamente o bem comum. Autointitulados como fantasmas, o grupo precisará lidar com as diversas complicações oriundas de serem considerados páginas viradas da sociedade ao mesmo tempo que duelam pelo sucesso de uma missão: destituir um ditador do Turgistão e implantar a democracia.
Logo no início de ESQUADRÃO 6 somos inseridos em uma longa, e caprichada, sequência de ação que dura incríveis 20 minutos. Não há dúvidas de que a introdução serve ao propósito de mostrar que estamos diante de um filme de Michael Bay. Há muitos excessos e violência aos montes, no entanto, o tom de realismo como conduz a sequência, contanto com explosões, tiros e planos rápidos já servem para mostrar o que veremos a seguir enquanto apresenta seus protagonistas.
Claro que isso é uma rápida abordagem para um filme com pouco mais de duras horas de duração. O longa começa a "funcionar" depois da metade graças aos conflitos que colocam 1 em xeque quanto a seus propósitos, deixando-o em situação questionável ao decidir que pessoas do grupo não tem relevância maior quando comparados à importância da missão. Essa questão permeia alguns pontos de suas decisões e, infelizmente, são pouco trabalhados pelo roteiro.
O grupo formado por 2 (Mélanie Laurent), 3 (Manuel Garcia-Rulfo), 4 (Ben Hardy), 5 (Adria Arjona) e 7 (Corey Hawkins) são rapidamente apresentados, tem um bom entrosamento e funcionam na medida que Bay permite, haja vista que muitas vezes a burocracia da edição atrapalha o humor, que diga-se de passagem, poderia ser mais bem aproveitado. Pelo menos na ação é incontestável que o diretor tem um domínio incrível para criar cenas de ação típicas para entreter, são muitas as explosões, tiros, perseguições de carro, parkour e a cena final em um navio que é simplesmente divertidíssima em todos os seus aspectos.
Ainda há muito que possa ser tratado pela narrativa em eventuais continuações, mas evidentemente que o filme não tem por propósito inventar a roda ou mesmo levar alguém a reflexão, mas sim entreter, e nesse ponto o sucesso é certo para quem se interessar e entrar no clima.