O(s) diretor(es) desse filme, não totalmente satisfeito em ver o ator Antonio de la Torre passar 12 anos numa solitária no filme "Uma Noite de 12 anos", fez-lhe a disparatada proposta de enfurná-lo em novo confinamento. Dessa vez mais leve, num fundo falso dentro da própria casa, só que vai aumentar só um pouquinho, de 12 pra 33 anos, só quase triplicou. Um terceiro diretor que quiser arruinar o futuro sério desse ótimo ator e eternizar a piada pronta, escale-o para filmar "A Clausura Sem Fim", ou coisa do tipo. Bem, o roteiro de Trincheira Infinita é impressionantemente econômico. Em uma folha de A4 dá pra escrever tudo. Mas fazer o quê, é uma história real, o diretor não quis inventar muito. Só que, não podendo evitar a comparação, em Uma Noite de 12 anos, há muito menos variedade de ambientes, acontecimentos, etc..., que nesse, e conseguiu produzir muito mais emoção. Aqui foi um filme sem emoção. Totalmente sem emoção, você assiste essa história absurda com bastante calma. Os momentos que valem, onde acontece alguma coisa, são quando aparece o Gonzalo, seu eterno perseguidor, mas não aparece muito. Na última meia hora finalmente o filme sai do marasmo.