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Kamila A.
7.595 seguidores
809 críticas
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3,5
Enviada em 1 de maio de 2022
Considerada pela revista Rolling Stone como a maior cantora de todos os tempos, Aretha Franklin foi um ícone da música negra norte-americana e marcou seu nome nos gêneros do soul, R&B e gospel. A cinebiografia “Respect: A História de Aretha Franklin”, dirigida por Liesl Tommy, tem como foco a vida de Aretha, tendo como base dois de seus alicerces: a igreja e os seus demônios particulares.
Filha de um reverendo da Igreja Batista chamado C.L. Franklin (Forest Whitaker), Aretha cresceu envolvida, não só com a religião, como também com a música (influência de sua mãe, uma cantora) e com os movimentos de luta pelos direitos civis dos negros norte-americanos (seu pai era muito próximo de Martin Luther King).
O filme nos mostra que a transição de Aretha para a música secular não foi fácil e que ela só conseguiu o sucesso a partir do instante em que se libertou das influências do pai sobre a sua carreira. Apesar de ter tentado pavimentar um caminho de independência das figuras masculinas que passaram pela sua vida, a verdade é que Aretha sempre esteve com o pai, os maridos e empresários à sua sombra.
Em relação aos demônios particulares de Aretha, relacionados às suas vulnerabilidades emocionais, “Respect: A História de Aretha Franklin” retrata a cantora em meio aos seus relacionamentos complicados e à descoberta da força de sua própria voz - o que entrelaça a sua jornada com o seu outro alicerce, na medida em que a busca da independência está diretamente relacionada com a força interior que Aretha conquistou ao longo dos anos. A sua liberdade emocional e criativa chega a partir do instante em que ela se aceita como é, e se descobre, como mulher, cantora, mãe, esposa…
Por ser centrado nas características pessoais da jornada de sua protagonista, o elemento que chama mais a atenção em “Respect: A História de Aretha Franklin” é a performance de Jennifer Hudson - que está perfeita em todas as nuances de alguém tão forte e marcante como Aretha. Apesar disso, o filme é muito irregular no seu relato, não fazendo jus à grandiosidade da figura que deseja retratar.
O filme traz mais conteúdo que o documentário Amazing Grace e Jennifer Hudson está melhor aqui que em Dreamgirls. Os silêncios da personagem impactam mais que qualquer palavra e as violências tão comuns à época, como visto com Billie Holiday ou Tina Turner ainda chocam.
Poderosa! A personagem, a história e o filme, todos poderosos! Um enredo forte e completamente bem estruturado que passa por cada parte da vida dessa mulher que foi uma lenda. Não precisamos nem mencionar o elenco e a trilha sonora, esta última seria uma redundância tecer elogios. Vale assistir, incrível.
Neste filme se chora muito, e por muitos motivos diferentes, todos eles ligado à nossa própria humanidade. spoiler: Choramos pelas situações vividas pela pequena Aretha, oprimida e usada pelo pai pastor, que perde a mãe aos 10 anos, é abusada e engravida aos 12 anos e aos 14 anos... Choramos pelas situações vividas pela jovem Aretha, que continua a ser usada e explorada pelo pai, a ser igualmente abusada e explorada pelo marido cafetão... Choramos pela batalha de Martin Luther King, que o levou à morte, sendo velado pela sublime voz de Aretha... Mas, acima de tudo, choramos impactados, subjugados pela sublime beleza e força da música de Aretha! Várias vezes durante o filme ela nos diz que "anda no Espírito". Sempre AMEI a música negra estadunidense, e sempre adorei assistir os filmes biográficos sobre seus maiores expoentes, como Billie Holiday e Whitney Houston, MAS, foi só o filme sobre Aretha Franklin que finalmente me desvelou, colocou a nu o porque de tanta admiração, e até identificação. Em primeiro lugar, não é despropositado que a música negra estadunidense comece com os "Spiritual" (ou seja, a música que vem ou que é inspirada pelo Espirito), que siga a sua evolução através do "Soul" (literalmente, "alma"), passando pelo "Blues" (triste, tristeza). A música nos traz todo o contexto histórico dos negros estadunidenses, desde que foram escravizados e souberam evocar o Espírito para, não apenas resistir, mas transcender a sua situação, empoderando-se, criando e reforçando a sua identidade, infinitamente mais coesa e estruturada que a dos estadunidenses brancos. Também enxerguei, de uma maneira definitiva que a música negra tem um conteúdo, uma bagagem, carrega uma mensagem, que a música branca "comportadinha", oca e vazia, não tem! No caso dos EUA, interessantes foram apenas os músicos brancos que subverteram a ordem e se aproximaram da negritude, "brancos de alma negra", como Elvis Presley e Janis Joplin!
Gostei principalmente das músicas . A história não tem muitas novidades e não gostei principalmente de um salto que houve da criança para a fase adolescente adulta , deixando sem explicar fatos . Mas acho que vale a pena ver .
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