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Lidiane Y.
1 crítica
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4,0
Enviada em 18 de agosto de 2021
O filme nos apresenta Joana, uma adolescente de 13 anos, que está vivendo aquela fase de descobertas e questionamentos que permeiam a adolescência, acontece que a morte de sua tia-avó, que morreu aos 70 anos sem nunca ter namorado alguém, aguça a curiosidade da menina e a partir daí vamos mergulhando nos segredos das mulheres dessa família, conhecendo um pouco mais sobre a colonização alemã na região. Com uma fotografia bastante eficaz, o longa utiliza o parque eólico da região com uma bonita metáfora para o desenvolvimento do desejo da menina e de sua avó, abordando assim muitas nuances do desejo feminino. O longa retrata o machismo, tão forte aqui no sul, mas sem apontar dedos, vai construindo essa realidade com através da preocupação da mãe de Joana em se ver “falada” no vilarejo, nos personagens masculinos que “podem tudo” e apresentam pouca responsabilidade, mostrando, assim, a desigualdade de gênero. A poesia e melancolia é realçada pelos tons de azul das cenas, aumentando o contraste com as muitas faces de repressão do feminino apresentadas. É um filme bastante contemplativo, de descobertas e questionamentos que nos faz refletir bastante sobre qual o limite do cuidado e proteção e o início da violência sobre o outro… É gostoso de ver como as histórias se misturam - quase como o vento - com a paisagem do lugar. Um filme cheio de beleza e contrastes.
Primeiro filme que eu vejo do Rio Grande do Sul que mostra um retrato tão sutil sobre o despertar de uma afeição, carinho e amor entre duas adolescentes. Nasceram e foram criadas por famílias de imigrantes alemães no litoral do RS, o filme 'e encantador! Excelente!
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