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Adriano Côrtes Santos
724 seguidores
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4,5
Enviada em 28 de novembro de 2024
Amores Brutos marcou a estreia em grande estilo de Alejandro González Iñárritu no cinema internacional, apresentando uma narrativa poderosa que entrelaça três histórias sob um tema unificador: a conexão entre humanos e cães em um cenário de dor, violência e sobrevivência. Inspirado por um estilo tarantinesco de narrativa fragmentada e intensidade emocional, Iñárritu traz uma obra que é ao mesmo tempo visceral e profundamente humana.
Os segmentos narrativos, centrados em personagens que se cruzam em um acidente de carro, exploram temas universais como amor, culpa e perda. Desde a juventude impulsiva e cheia de sonhos do primeiro arco até a melancolia devastadora de um assassino de aluguel em busca de redenção, o filme equilibra tensão e vulnerabilidade com habilidade única. A metáfora constante dos cães — tanto como companheiros leais quanto símbolos de violência — serve como um fio condutor que amplifica os dilemas existenciais dos personagens.
Com atuações intensas, uma trilha sonora impactante e uma direção que extrai emoção de cada cena, Amores Brutos se torna um estudo da condição humana, revelando as nuances da moralidade em contextos extremos. No entanto, a violência gráfica e o realismo brutal podem ser difíceis de digerir, o que reforça a autenticidade da obra, mas também limita seu apelo para públicos mais sensíveis.
Indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, Amores Brutos não apenas consolidou a carreira de Iñárritu, mas também abriu caminho para um novo olhar sobre o cinema mexicano no cenário global. É uma obra que exige do público um envolvimento emocional intenso, oferecendo, em troca, uma experiência cinematográfica profundamente marcante.
Alejandro González Iñárritu estreia em sua carreira de diretor já com seu melhor filme até hoje. A Trilogia do Trágico continua com "21 Gramas" (excelente) e "Babel" (muito bom), ambos abaixo do primeiro. Gael Garcia Bernal aparece ao mundo do cinema numa história genial sobre vidas paralelas q se desgraçam aos poucos, unidas apenas por um acidente automobilístico grave. De tirar o fôlego.
É um drama cruel sobre pessoas de verdade, num México que podia ser qualquer país. Três histórias que se cruzam através de um acidente de carro, todas em nome do amor e com desfechos trágicos. Vida dura e sem perspectiva, realidade cruel, escolhas erradas, tristeza, sofrimento e dor, são algumas das situações que os personagens são submetidos nesta obra. Contando uma história por vez, eles vão se entrelaçando um na história do outro até acontecer o acidente, trazendo consequências diversas para cada um deles. Os atores, à vontade em cena, parecem imersos nas histórias como se fossem reais. Apesar de toda a violência e brutalidade, achei que seria um filme mais difícil de assistir. Amores Brutos tornou o ator Gael Garcia Bernal conhecido mundialmente e abriu as portas de Hollywood para o diretor Alejandro Gonzalez Iñarritu. Curiosidade. Indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro. Nota do público: 8.1 (IMDB) Nota dos críticos: 92%(Rotten Tomatoes) Bilheterias EUA - $5,4 milhões Mundo - $20 milhões Acesso o blog 365filmesem365dias.com.br para ler sobre outros filmes.
Octavio (Bernal) é apaixonado pela esposa do irmão, Ramiro (Pérez), Susana (Bauche). Por ela, se aventura a entrar no perigo mundo das rinhas de cães, onde torna-se rival de Jarocho (Parra). Constantamente convidando a cunhada, com quem mantém um caso, para fugir com ele, acaba lhe entregando praticamente todo o dinheiro que passa a ganhar com seu cachorro. Para seu desespero, na última luta que programa para seu cão, este recebe um tiro de Jarocho. Revoltado, Octavio o atinge com uma faca e foge. Na fuga acaba batendo o carro e afetando a vida da jovem e promissora modelo espanhola Valeria (Toledo).
mais em: https://magiadoreal.blogspot.com/2024/02/filme-do-dia-amores-brutos-2000.html
Excelente filme assisti com baixa expectativa, mas me surpreendeu positivamente ótimas histórias, o filme passa um realismo incrível, assistam essa obra prima. Nota: 9/10
Em seu primeiro longa metragem, Iñárritu já consegue mostrar talento. Amores perros conta três histórias paralelas que se unem através de um acidente de carro. É um filme realista, cru, violento e ao mesmo tempo sensível, afetuoso. Iñárritu passa esse espírito com as câmeras na mão expressando o comum e amador. São três histórias comuns que são unidas pela tragédia e por cachorros, que estão presentes como eixo narrativo aqui. Um ponto interessante do longa é como ele trata a dualidade entre o amor e a violência, assim como os cachorros de briga, os personagens ora estão em tormentas, momentos conflitantes de seus personagens, ora estão em calmarias, momentos de carinho e afeto. É um filme cruel com seu espectador, mostra a realidade nua e crua, o sofrimento dos personagens é muito palpável, principalmente na primeira e na última história, as quais mais me marcaram. O desfecho da obra mostra que nem tudo tem um final feliz, ou nem mesmo um final, a vida segue apesar das tragédias, formando veteranos de guerra. O filme não busca nenhuma redenção barata, encerra como um soco no estômago, a desgraça se torna inerente aos seres humanos. O filme acaba pecando em seu ritmo, o tempo pesa devido à desconexão das histórias, que não tem um eixo muito forte e acabam sendo quase independentes. Apesar disso, Iñárritu abre sua filmografia com um excelente filme. Nota: 8.3
Muito bom filme, com alguns momentos magistrais. Na verdade, o único pecado de "Amores Brutos" é sua irregularidade de histórias. Não que uma delas seja ruim, pelo contrário, todos são no mínimo boas, mas ocorre um claro desnível entre a segunda história - do homem recentemente separado e sua namorada modelo - com as demais. Esta história é nada mais do que brilhante, enquanto que as demais não chegam a tanto. A história das transformações as quais sofre a modelo após o acidente de carro que une todos os personagens centrais é densa e prende a atenção do expectador a cada instante. Já a primeira história, que mostra o jovem que se apaixona pela esposa de seu irmão, é também muito boa; enquanto que a terceira história é interessante por dois pontos: a relação do velho com seus cachorros e o desfecho que ele dá à trama dos irmãos. Aliás, é interessante também notar que todos os personagens principais têm uma estreita ligação com seus cachorros, que são inclusive um dos elos de ligação entre todos eles.
Filme de Alejandro Iñárritu é tão bom quanto Babel, e foi feito na mesma forma. Uma série de histórias conectadas sobre pessoas e o amor em meio à violência e dor, este último algo inevitável, pelo que parece. Um mendigo e seus cachorros, um jovem e a esposa de seu irmão bandido, um homem que larga a mulher e pra viver com a amante. Esses são os personagens que protagonizam as três partes do filme, cada qual com seus respectivos nomes como título. Gael García Bernal interpreta o jovem que começa a ganhar dinheiro com seu cachorro em rinhas para fugir com a cunhada. Diferentemente de Babel, não há um acontecimento específico da qual as histórias dos personagens partem. Eles são apresentados separadamente para depois entrarmos em suas vidas e vermos em quais pontos os outros aparecem ou interferem de modo sutil, como um encontro na rua, ou de modo intenso, como em uma batida de carro. Outra diferença entre as duas obras do diretor é o fato de que Amores Brutos não segue a ordem cronológica em vários momentos, trazendo uma ordenação mais complexa e muito mais interessante e dinâmica ao longametragem. Em compensação, as trilhas-sonoras dos dois filmes são bastante semelhantes e deve-se dizer que foi um bom aproveitamento. Fazer um filme múltiplo assim é vantajoso, pois as tramas chatas podem ser compensadas pelas interessantes. Entretanto, o roteiro não cai em momento algum, pretendo a atenção e emocionando, graças aos segredos, à violência e tensão que permeiam as histórias de amor que mais trazem sofrimento do que felicidade. “Porque também somos o que perdemos”, a frase presente na dedicatória final, resume a ideia de Iñarritu. Amores Brutos é um grande acerto do diretor espanhol, sendo uma homenagem ao amor e todos os problemas e conflitos que todos nós conhecemos muito bem.
O filme é um pouco superestimado, é dividido em três histórias que se entrelaçam, a primeira é envolvente e interessante, as outras duas são mais fracas. A mensagem final que o filme passa é boa, porém ele tem uma queda brusca de qualidade na segunda história que é monótona. Um bom filme, nada mais.
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