O Mistério de Henri Pick: Críticas

O Mistério de Henri Pick é um filme muito bem feito, com um enredo policial inusual (não há um criminoso) mas fácil de ser acompanhado e entendido. Há, também, toques de fino humor. Para curtir.

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Fabrice é um grande ator e valoriza os filmes dos quais participa. Aqui ele é um crítico literário surpreendido com o inesperado sucesso de uma obra atribuída a um pizzaiolo falecido e que nunca escrevera nada. Ele passará por muitas atribulações até chegar a verdade. Divertido.

(Insta: cinemacrica) É numa pequena biblioteca, numa sessão de compilações e obras não publicadas, numa pequena cidade no interior da França que a editora Daphné encontra uma pérola literária. É com essa abertura que beira o fantasioso que se inicia “O Mistério de Henri Pick”. Com as devidas autorizações, Daphné consegue publicar a obra que em pouco tempo se torna um best-seller na França. Não bastando a qualidade literária oculta até então, outro fato igualmente curioso é que o autor do livro abandonado era um pizzaiolo da cidade. A aparente incongruência vocacional desperta o imediato interesse pelo seu passado, tanto por parte da editora, como de um famoso crítico literário que também passa a investigar o episódio pessoalmente.
O tom dado ao fluxo narrativo é o de investigação cômica. O humor recai sobre as situações que contrapõe a engenhosidade da dupla de investigadores e a simplicidade imperante na cidade de Pick. O artifício funciona e rende bons momentos para apreciadores do gênero. Em contrapartida, o principal pilar, o do mistério, não apresenta a mesma desenvoltura. Mesmo flexibilizando o rigor para uma narrativa que nitidamente abraça o despretensioso, as qualidades do suspense deveriam permanecer intactas.
A doçura do lado cômico canaliza boa parte dos recursos do longa. Por essa não ser a aptidão principal, as engrenagens da curiosidade são demasiadamente fragilizadas por elementos modestos. A entrega resultante é um mistério que encontra dificuldades em arquitetar cenários ambíguos robustos. Por vezes o diretor e roteirista Rémi Bezançon envereda por essa iniciativa, mas as proposições são rasas e escassas. Por fim, o desfecho represa os indícios levantados, mas os resolve de forma não criativa.
É um filme de proposta modesta, a execução é apenas rigorosamente aderente a ela. Engraçado em alguns momentos, frágil na função primária de ser um suspense.

vale a pena assistir. palavras que me vieram a cabeça: pitoresco, simplório, despretensioso, divertido, leve.

O filme é basicamente um romance policial sem um crime. No lugar de desvendar um assassinato, tenta-se descobrir o autor de um livro.
É daqueles filmes que o clima do mistério e a vontade de descobrir a verdade vai te prendendo até o final. As migalhas de pistas que a história vai deixando a cada cena ajuda bastante a não deixar a história esfriar.
Gostei gastante do filme, é um roteiro simples mas bem instigante.