"Finch", filme dirigido por Miguel Sapochnik, se passa num mundo pós-apocalíptico, em que a personagem título, interpretada por Tom Hanks, é o único sobrevivente da espécie humana. Ele passa os seus dias explorando a localidade em que se encontra, em busca de objetos/alimentos/itens que possam facilitar o seu dia a dia. Finch só não se sente solitário porque tem ao seu lado o cachorro Goodyear e, posteriormente, o robô Jeff (dublado por Caleb Landry Jones) - que Finch cria para cuidar do animalzinho nos momentos em que ele estiver ausente.
Neste ponto, é importante fazermos um adendo: Tom Hanks sozinho no mundo, tendo a companhia de alguém batizado com o nome de uma marca famosa, interagindo com o ambiente inóspito ao seu redor. Isso lembra algo, né? Apesar das semellhanças com "Náufrago", filme dirigido por Robert Zemeckis, "Finch" tem um aspecto surpreendente e que se revela para nós, telespectadores, a partir do instante em que o longa de Miguel Sapochnik se torna um road movie.
Contrariando todas as expectativas, a jornada de aprendizado aqui não é a de Finch, e sim as lições e ensinamentos que ele deixa para Jeff. Num mundo em que os humanos não têm mais vez, Finch será o catalisador da transformação do robô Jeff no símbolo de tudo aquilo que nós temos de melhor: a empatia, o cuidado, o amor, a amizade e a lealdade. Fazendo uma analogia bem simples, é como se Finch fosse um pai pegando na mão do filho (Jeff) e ensinando-o sobre como ser alguém no mundo.
E a gente só acredita em tudo que estamos assistindo porque é Tom Hanks no papel principal. Ele é um cara que emula todas essas qualidades. Só ele tem essa credibilidade em Hollywood.