Dois Papas
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4,4
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72 Críticas do usuário

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Kamila A.
Kamila A.

7.674 seguidores 810 críticas Seguir usuário

4,0
Enviada em 7 de fevereiro de 2020
Após o falecimento do Papa João Paulo II, uma figura carismática que foi a cara da Igreja Católica por 27 anos, essa tradicional instituição se viu diante da necessidade de escolha de um sucessor que continuasse a condução da Igreja num mundo cada vez mais em constante transformação. Na ocasião, a disputa entre duas correntes: a que acreditava que a Igreja tinha que se voltar ao tradicionalismo e a que dizia que a Igreja tinha que acompanhar a transformação, se moldando a um novo mundo.

Neste sentido, podemos dizer, com uma certeza absoluta, que os dois maiores expoentes de cada uma destas correntes acabaram sendo aqueles que viriam a conduzir a Igreja nos anos seguintes. De um lado, o Papa Bento XVI (cujo papado durou 8 anos), um estudioso da religião católica; e do outro, o Papa Francisco (cujo regime vem acontecendo desde 2013), que possui uma visão mais humana sobre a religião e que veio para abalar as estruturas rígidas da Igreja Católica.

Em que pese o fato de que Dois Papas, filme dirigido por Fernando Meirelles, se apoia em diálogos imaginados entre essas duas figuras, o roteiro escrito por Anthony McCarten consegue contrapor as visões opostas entre estes dois líderes, principalmente sobre a maneira como eles enxergam que a Igreja deve se portar daqui pra frente. Em consequência disso, Dois Papas é rico nas reflexões que nos incita a fazer e ao conceder um caráter humano a duas pessoas que carregaram (carregam) grandes responsabilidade sob as suas costas.

Indicado a 3 Oscars 2020, Dois Papas é aquele tipo de filme que pode incomodar algumas pessoas devido à sua verborragia. Entretanto, para aqueles que conseguem apreciar a essência de um grande filme – e que reside no fato dele poder contar uma boa história -, Dois Papas é um prato cheio; e ainda conta com duas performances inspiradíssimas de Anthony Hopkins e Jonathan Pryce.
Luis Gustavo Picelli
Luis Gustavo Picelli

4 críticas Seguir usuário

4,5
Enviada em 7 de fevereiro de 2020
Filme claro e direto.

spoiler: O filme narra a trajetória do Papa Francisco, de sua juventude ao papado, enquanto aborda de forma sucinta o tempo episcopal do Papa Bento XVI e os percalços de sua administração
Layza C.
Layza C.

2 seguidores 20 críticas Seguir usuário

4,0
Enviada em 6 de fevereiro de 2020
Dois papas 2019

• Que atuação e direção incrível!!! O roteiro me deixou curiosa e com necessidade de aprofundar mais.
Guilherme M.
Guilherme M.

99 seguidores 154 críticas Seguir usuário

4,0
Enviada em 5 de fevereiro de 2020
Um bom filme, não sei qual a porcentagem de veracidade do que é retratado no film, mas mesmo sendo um filme com um ritmo mais lento achei bem interessante, atuações incríveis. Nota: 8,0/10
Felipe F.
Felipe F.

3.568 seguidores 758 críticas Seguir usuário

4,0
Enviada em 3 de fevereiro de 2020
Hopkins e Pryce tem uma dinâmica incrível neste lindo filme, um roteiro ágil, com ótimos diálogos. Lindas atuações e uma ótima trilha e fotografia. Belo filme e mais uma grande direção de Fernando Meirelles.
anônimo
Um visitante
4,0
Enviada em 29 de janeiro de 2020
Um belo filme sobre a natureza da fé humana e onde ela pode nos levar, bem como suas indeléveis contradições e virtudes. Dois Papas encontra o realizador brasileiro Fernando Meirelles em pleno vigor, com um trabalho de direção inspirado e cheio de sensibilidade. O roteiro igualmente sensível e detalhista de Anthony McCarten desenvolve com cuidado e apreço a relação de amizade improvável entre estas grandes figuras tão diametralmente opostas. Protagonizado pelos monstros do cinema Jonathan Pryce e Anthony Hopkins, ambos em plena forma e entregando suas melhores performances em anos, este é um ótimo longa reflexivo que trata de temas universais.
Lucio Muratori De A. Graça
Lucio Muratori De A. Graça

1 seguidor 11 críticas Seguir usuário

4,5
Enviada em 29 de janeiro de 2020
Dois Papas obviamente não é um filme de ficção. São dois personagens reais e histórias reais. Portanto é quase um documentário. Documenta com excelência o processo de transição entre os papados de João Paulo II e Bento XVI e, especialmente de Bento XVI para Francisco I. Mistura diálogos cuidadosamente recriados pelo roterista com cenas reais e depoimentos do povo. Explica bem a história e a personalidade de cada um, bem como os seus dramas pessoais, medos e sentimentos mais profundos. Para quem está interessado nas questões da fé católica e da igreja católica apostólica romana o filme é imperdível. Os diálogos e embates entre Bergoglio e Ratzemberg são ótimos, refletem bem as diferenças entre as personalidades e idéias de cada um. Os atores são excelentes. Anthony Hopkins rouba a cena como Bento XVI incorporando o jeitão direto, reto, analítico e conservador do Papa Alemão. Até o humor germânico está presente. Já Jonathan Pryce faz um Papa Francisco perfeito na aparência, na maneira de ser e de se expressar. Direção, roteiro, diálogos, cenários, fotografia, montagem, vestuário. Tudo é muito bom. Não é por bairrismo, mas nosso diretor Fernando Meirelles mandou muito bem na terra do tio Sam. Nem concorre ao prêmio de Direção mas certamente ampliou seu espaço entre os grandes. A fotografia é primorosa. Belíssimas imagens interiores do Vaticano e externas de Castel Gandolfo. O controle de luz e sobras é admirável. Só um detalhe: a Produção não conseguiu autorização para filmar na Capela Sistina e teve que construiu uma maior em estúdio. É um filme pra ver e rever mais de uma vez saboreando cada cena e cada diálogo. O filme está disponível no Netflix. Corre lá e confere.
Adam William
Adam William

8 críticas Seguir usuário

4,0
Enviada em 28 de janeiro de 2020
Para aqueles que assistem de longe, talvez seja impossível imaginar que existam tantos conflitos entre aqueles que estão dentro de uma instituição tão fundamentada quanto a Igreja Católica. Desta forma, os primeiros minutos de Dois Papas (The Two Popes) surgem de forma a subverter tal expectativa, já que dão início a obra com tons de competição, em meio à escolha do novo papa em 2005. Uma escolha acertada, já que os protagonistas desse “embate” serão aqueles a quem iremos acompanhar pelos próximos 125 minutos do filme dirigido pelo brasileiro Fernando Meirelles (Cidade de Deus, Ensaio Sobre a Cegueira).

O drama Dois Papas, entretanto, não pende para um lado biográfico. Pelo contrário, sua narrativa é quase que completamente desenvolvida através das conversas entre o Papa Bento XVI (Anthony Hopkins) e o cardeal Jorge Bergoglio (Jonathan Pryce), que viria a se tornar o Papa Francisco alguns anos depois. Ambos com um desejo em comum de manter a relevância do catolicismo no mundo, mas com visões ideológicas quase sempre contrárias, nos mais diversos assuntos: dos mais simples como o interesse pelo futebol e tango, aos mais complexos como casamento entre pessoas do mesmo sexo e controle de natalidade. Quando Meirelles enfim os coloca frente a frente, o texto de Anthony McCarten (indicado ao Oscar pelo roteiro de A Teoria de Tudo) ganha uma força inimaginável.

Se os diálogos são a base principal na narrativa, nada seriam não fossem as atuações de Anthony Hopkins e Jonathan Pryce. O primeiro dá vida ao conservador Papa Bento com um semblante severo e uma postura aparentemente inflexível, mas cuja expressão de trejeitos sutis demonstra inúmeros conflitos em poucos segundos. É difícil não se deixar hipnotizar pela interpretação de Hopkins enquanto este transita por inúmeros sentimentos — da convicção à dúvida à angústia e, novamente, à convicção — em questão de segundos. Já Pryce, também um veterano do cinema, desempenha seu Bergoglio com um carisma único, exibindo uma humanidade que cativa todos a seu redor. Um homem cuja convicção, mesmo floreada por brincadeiras e sorrisos, não soa inferior a de seu companheiro de cena. Pelo contrário, a dinâmica da dupla permite que ambos, em meio a seus medos, culpas e aflições, sejam humanizados no decorrer da trama.

Conforme os debates entre ambos ocorrem, Meirelles e o fotógrafo César Charlone (que trabalhou com o diretor em Cidade de Deus) criam uma cinematografia interessante para ilustrar o embate de opiniões, através de plano e contraplano com a câmera posicionada sobre o ombro dos personagens. Desta forma, conforme os argumentos ganham mais força, seu intérprete “invade” a cena do outro, crescendo sobre este. Contudo, ao passo que o diretor pontua as discussões — que vão desde assuntos relacionados à igreja até questões pessoais, como o diálogo sobre os Beatles –, ele repetidamente enquadra a dupla de forma tímida, pequenos ante aos ostensivos cenários, demonstrando que por mais importantes que sejam seus debates e opiniões, não apenas questões mundanas frente à igreja e a fé.

Na segunda metade do filme, contudo, há um elemento que acaba sendo utilizado de maneira excessiva. A fim de contextualizar algumas escolhas dos personagens, Meirelles investe um bom tempo de narrativa em uma sequência de flashbacks envolvendo Bergoglio durante o período de intervenção militar argentino. Embora as cenas em si sejam importantes para o desenvolvimento da narrativa e do personagem, a inserção do seguimento acaba atrapalhando o ritmo construído de forma meticulosa até este ponto, além de privar o espectador da presença de Hopkins e Pryce — o jovem Bergoglio é interpretado por Juan Minujín, que não compromete, mesmo que desapareça diante da interpretação da dupla principal –, o que talvez seja um pecado ainda maior que a quebra do ritmo. Além disso, falta um aprofundamento em questões polêmicas — como o abuso infantil dentro da igreja –, por vezes abordado de forma acanhada, quase um ‘segredo’ entre eles, como na cena da confissão.

Conduzido com paciência e maestria por Fernando Meirelles, Dois Papas é uma obra que fascina pelo seu cuidado técnico e temática, mas principalmente por sua dupla principal, Anthony Hopkins e Jonathan Pryce, que revelam-se como o maior acerto do filme. A própria sensação de imperfeição do filme cria uma poética simetria para com seus próprios personagens, que também estão longe da perfeição e tampouco parecem querer atingi-la. Quando assistimos os momentos finais com os dois amigos — e não mais as duas autoridades santas –, entendemos que a obra chegou a seu objetivo: trazer ambas as figuras a um nível muito mais próximo do espectador, tornando-os mais relacionáveis, como seres humanos falhos.
Crismika
Crismika

1.128 seguidores 510 críticas Seguir usuário

4,5
Enviada em 24 de janeiro de 2020
Excente roteiro e atuações da relação dos dois papas na transição entre a troca de último papado. Recomendo a todos, Fernando Meireles impagável na direção.
Anderson  G.
Anderson G.

1.321 seguidores 373 críticas Seguir usuário

4,0
Enviada em 19 de janeiro de 2020
"Dois Papas", o novo filme dirigido pelo cultuado diretor brasileiro Fernando Meireles faz uma exploração da relação entre os dois últimos papas, o antecessor e o sucessor, sem entrar muito em méritos de polemicas, o filme foca em humanizar santidades e criar relações humanas entre elas, sem julgamento ou ponto de vista, com um roteiro bem escrito, uma boa direção e ótimas atuações, "Dois papas" é mais uma grata surpresa da Netflix.

Com um roteiro leve que visa criar profundidade de personagem, o roteirista Anthony se abstêm de muitas polemicas envolvendo o clero, o filme toda preza por um lado mais humanitário e pacifista, apesar de criar relatos sobre a cruel ditadura argentina dos anos 70, tal passagem ainsa serve como mensagem de arrependimento e crescimento de personagem, poderíamos criticar que polemicas como corrupção e pedofilia não entraram na obra, porém talvez não fosse esse o filme que Meireles queria, ele queria mostrar um lado humano de duas figuras que são vistas como santidade, e o diretor conseguiu.  

A direção busca muito apoio na atuaçãos, pois é uma direção com muitos planos fechados e câmera na mão, se utilizando de muitos efeitos especiais e uma iluminação sempre clara, abusando de vastos ambientes e sempre intercalando planos entre personagens, é uma direção boa que mostra o talento inapto de Fernando Meireles. 

As atuações também estão ótimas, principalmente a de Jonathan Price, o ator britânico vira um verdadeiro argentino no sotaque e na pose, e encena um personagem cheio de  profundidade, além de um carisma natural, já Anthony Hopkins também está ótimo, o ator também consegue dar uma profundidade e tridimensionalidade para o seu personagem, fazendo-o dele um sábio e culto, com momentos de alivio cômicos e sabedoria. 

"Dois Papas" é um inesperado otimo filme, com boa direção e otimas atuações, seu rotoeiro é pouco expansivo, mas entendemos seus motivos narrativos e somos acariciados com uma bela obra. NOTA 8/10
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