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Isabelle
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62 críticas
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4,5
Enviada em 9 de dezembro de 2019
Excelente roteiro, direção competente e criativa e interpretações de dois "monstros". Meireles fez algo que pensei impossível: me emocionar com algo relativo aos formalismos da igreja católica. Lindo filme, com humor sutil, carinho e tolerância com a humanidade. Lindo da mensagem, primoroso nas cenas do Vaticano, perfeito nas interpretações desses dois enormes atores, cujos olhares e expressões faciais nos permitem apreciar a verdadeira arte de interpretar. Como não amar Jorge/Francisco? Como não buscar compreender a religião que moldou a personalidade Ratzinger? Assistir Dois Papas é uma experiência rica e complexa - agradeço a todos que me proporcionaram.
Fernando Meirelles é sem dúvida o cineasta brasileiro de maior visibilidade mundo afora no momento. Desde Cidade de Deus, ele tem se envolvido em projetos bem interessantes. E esse talvez seja o seu melhor trabalho desde Cidade de Deus. Baseado em fatos reais, o filme narra desde o conclave para decidir o Papa que substituiria João Paulo II depois de sua morte até a renúncia de Bento XVI e escolha de Francisco. Brilhantemente filmado, a parte técnica é de encher os olhos. Fotografia espetacular, assim como direção de arte, locação e edição. O roteiro é muito bem desenvolvido, com diálogos muito bem trabalhados. Talvez o único momento do filme em que me pareceu brevemente haver uma “barriga” que tirou um pouco da fluidez de ritmo é quando o cardeal argentino conta sobre seus questionamentos existenciais frente ao ocorrido durante a ditadura militar em Buenos Aires. E o que dizer das atuações acachapantes de Jonathan Pryce e Anthony Hopkins, interpretando Papa Francisco e Papa Bento XVI respectivamente? Dignas de prêmios. A química entre os dois é perfeita. São dois verdadeiros mestres. E o engraçado é que Hopkins sempre é reverenciado por suas atuações fantásticas (nada mais justo, aliás), mas Pryce sempre me pareceu deixado de lado. Em A Esposa, de 2017, quando contracenou com Glenn Close, também teve um trabalho estupendo e não foi devidamente reconhecido. Bem, percebo que algumas pessoas mais religiosas possam torcer o nariz para o filme devido à forma ranzinza pela qual Bento XVI é retratado. Li vários desses comentários. Mas acredito que a maneira com que Joseph Ratzinger é retratado é bastante respeitosa. Mostra um homem intelectual, extremamente culto, mas que tem visões amplamente tradicionalistas e conservadores. Já li que ele é uma pessoa extremamente humilde e simpática. A questão é que em contrapartida, vemos Jorge Bergoglio como alguém muito mais popular, com ideias mais abrangentes em relação ao mundo em que vivemos atualmente. Isso pode causar certo “ranço” inicial à forma com que Bento é mostrado, mas no decorrer do filme é clara a maneira com que ele vai suavizando suas atitudes e se torna mais próxima à imagem que temos dele hoje. Claro que o filme não é uma biografia extremamente realista e há claramente vários artifícios narrativos tipicamente cinematográficos. A questão é contar a história de dois homens históricos de maneira dramaticamente acessível. Não há como contar essa história de forma 100% fidedigna. Sempre haverá críticas em relação à veracidade dos fatos.De qualquer forma, o filme é uma bela obra, uma aula de cinema, em que tudo funciona beirando a perfeição. Grande filme, quiçá obrigatório aos amantes da Sétima Arte.
AMEI!! que filme emocionante!! fora as atuações maravilhosas, ambos os atores ficaram idênticos. O filme consegue discutir sobre varios assuntos importantes e nao deixa de lado a amizade e o mais importante, o perdao
Um dos grandes filmes de 2019! Forte concorrente ao óscar 2020, com boas possibilidades a melhor filme, direção, ator e Roteiro, aqui temos a linda história baseada em fatos reais dos dois últimos papas, Bento XVI e Francisco, onde mostra suas discordâncias e respeito a cima de qualquer coisa, são diálogos gostosos de assistir de grandes atores, o grande Anthony Hopkins e do ótimo Jonathan Pryce, duas excelentes performances. Grande filme.
No ano de 2012, o cardeal Jorge Bergoglio (Jonathan Pryce) assume a decisão de se aposentar devido a divergências que suas percepções acerca do catolicismo têm tomado em relação ao papado. Com viagem marcada para Roma, já que precisa do aceite do Papa Bento XVI, Bergoglio se reúne com o pontífice e juntos debatem sobre a igreja, o passado, futuro e amigavelmente o que entendem como prosperidade.
Comandado com grande maestria pelo brasileiro Fernando Meireles, DOIS PAPAS traduz para as telas um período no qual a igreja católica passou, de forma inesperada, por inusitadas mudanças. A começar pela renúncia do papa, algo que não ocorria a séculos, e pela chegada de um politicamente progressista dirigente máximo do catolicismo. O roteiro transita com perspicácia por momentos sutis de diversão, enquanto prepara outros com doses cavalares de drama, em especial pelo passado caótico e triste vivido por Bergoglio.
Pryce e Anthony Hopkins, este que vive Bento XVI, estão um deslumbre em interpretações, entregando dois personagens que são ao mesmo tempo recheados de carisma e complexidade, haja vista suas posições ímpares dentro do enredo. A história transita muito bem entre as posições críticas que cada um exerce dentro da igreja, ao mesmo tempo que discute as complicações inerentes aos bastidores do ambiente do Vaticano. É um filme que atende bem a qualquer tipo de público, independente da carga religiosa implícita, o longa pretende, com seu teor documental, funcionar como entretenimento, algo que efetivamente alcança com grande brilhantismo, tanto narrativo quanto técnico.
Estou impactada pelo filme: a caracterização dos atores, os embates que nos fazem refletir e a mensagem central do quanto essa mudança na igreja deveria impactar a política mundial. Super recomendo, é imperdível, fazia muito tempo que não assistia um filme que mexesse tanto comigo
Esta sim, é uma obra prima do cinema e do diretor Fernando Meireles. Ainda que a história seja fictícia, o roteiro foi muito bem elaborado e pode-se dizer que é baseado num fato que não aconteceu mas que tinha tudo para poder acontecer. Desde os mais católicos aos mais ateus, merecem ver este filme, exatamente para verem como é a figura de um Papa na sua intimidade. O Papa Chiquinho é exatamente aquele que estava faltando para consertar a igreja, condenar os padres pedófilos e moralizar as contas do Vaticano. Depois que mataram o Papa João Paulo I e quase conseguiram com o João Paulo II, de qualquer lugar do mundo ninguém vai tentar esta proeza pois sabe que as feridas da igreja católica estão abertas e um mínimo atentado contra o atual pontífice vai dar muito na cara que os papas que falam a verdade morrem. Que Deus dê muita vida longa ao Papa Chiquinho, pois ele, na sua simplicidade, ainda tem muito a fazer pelo mundo como líder espiritual. Neste filme não teve nada mais ou menos, foi tudo 100%!
Dois Papas tem duas grandes atuações, com diálogos que te prende do começo ao fim. A direção do Fernando Meirelles é excelente, com certeza é o maior brasileiro no cinema.
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