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vanda
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2,0
Enviada em 25 de abril de 2018
Esse Antônio é um chato desarticulado, do tipo que ao ter um problema prefere tomar remédios que tomar atitudes! Como se relacionar com uma pessoa assim? Talvez esse é o propósito do filme... Os diálogos vazios fizeram o relacionamento parecer tão sem importância, apesar do comportamento depressivo dele.
É um filme interessante que retrata um homem lutando pra superar um término de um relacionamento e uma crise existencial. Não espere dar muitas gargalhadas. Apesar de ser uma comédia, a proposta principal do filme não é fazer rir e sim fazer refletir sobre como as vezes nós não temos maturidade pra lidar com nossos problemas e frustrações. Em alguns momentos achei meio monótono, mas no geral é um bom filme.
Todas as Razões Para Esquecer é o típico filme que retrata o atual fenômeno do século, o relacionamento entre jovens e adultos onde a idade não significa que você é maduro o bastante e está ciente do que está acontecendo, muito menos preparado para bater de frente com problemas, que de acordo com as ações, irão acontecer. O filme do estreante diretor Pedro Coutinho mostra como é (sobre)viver após um fim de relacionamento do ponto de vista de um Antonio (Johnny Massaro), um jovem adulto mal entendido por si só onde não sabe diferenciar uma conversa de um flerte, com pouco dinheiro e um emprego com zero satisfação. Com o início da crise pós termino, a história é contada por alguns flashbacks afetivos da ex-namorada, conversas entre amigos, terapeuta e a prima, assim, fazendo com que Antonio comece a se questionar o porquê de todas as lembranças em relação a ex-namorada Sofia (Bianca Comparato), serem totalmente boas e se vale tentar uma nova investida. No desenrolar da história, a melancolia do homem deslocado é demonstrada quando ele tenta se encontrar e acaba chegando ao tinder, facebook, pornografia, álcool, maconha e anti-depressivos para assim tentar acabar com essa solidão. spoiler: Coutinho transmite sua ideia de uma forma segura, porém com muitas frases de efeito e acentuando que nem sempre o que aparenta ser o certo, é o correto, como no uso de alta dosagem de paroxetina, onde transforma todos sentimentos de A para Z, até chegar em um ponto crucial que faz repensar tudo que aconteceu, que vem acontecendo e que a realidade é que buscamos sempre todas as razões para esquecer, mas a verdade é que tudo passa por um início solitário, pelo meio vago para no final onde tudo estará bem.
Esse filme nos inspira a pensar as relações contemporâneas mediadas pelo Tinder, ao colocar em evidência a dificuldade de conviver a dois, as rupturas da relação e a própria elaboração do luto pela perda do objeto amoroso. A incessante busca por uma solução imediata para curar a dor de perder aquele que se ama, evidenciando para o que atualmente se mostra como saída possível: o uso de medicamentos (ansiolíticos em antidepressivos). Paliativos, uma vez que o luto é um processo, devendo ser respeitado o tempo de cada um. Apenas uma crítica a atuação de Regina Braga no papel da psiquiatra Elisa: acredito que a atuação do profissional ficou deturpada, claro, sendo possível dar a ver a dificuldade inerente a sua própria história, o que pode, sem dúvidas, atrapalhar o processo terapêutico. Acredito que a intenção era exatamente o de mostrar que até mesmo os profissionais tem suas crises. Mas, deixa de prestar um serviço fundamental para o papel da psicologia e psiquiatria em nossos tempos. Atuações impecáveis, principalmente dos protagonistas Antônio (Johnny Massaro) e Sofia (Bianca Comparato).
Apesar de falar sobre término, acaba por ser um filme leve e divertido na trama que se desenvolve entre a negação de como se sente numa separação e a aceitação, a visão e uma nova versão de si mesmo.
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