Todas as Razões Para Esquecer é o típico filme que retrata o atual fenômeno do século, o relacionamento entre jovens e adultos onde a idade não significa que você é maduro o bastante e está ciente do que está acontecendo, muito menos preparado para bater de frente com problemas, que de acordo com as ações, irão acontecer.
O filme do estreante diretor Pedro Coutinho mostra como é (sobre)viver após um fim de relacionamento do ponto de vista de um Antonio (Johnny Massaro), um jovem adulto mal entendido por si só onde não sabe diferenciar uma conversa de um flerte, com pouco dinheiro e um emprego com zero satisfação.
Com o início da crise pós termino, a história é contada por alguns flashbacks afetivos da ex-namorada, conversas entre amigos, terapeuta e a prima, assim, fazendo com que Antonio comece a se questionar o porquê de todas as lembranças em relação a ex-namorada Sofia (Bianca Comparato), serem totalmente boas e se vale tentar uma nova investida.
No desenrolar da história, a melancolia do homem deslocado é demonstrada quando ele tenta se encontrar e acaba chegando ao tinder, facebook, pornografia, álcool, maconha e anti-depressivos para assim tentar acabar com essa solidão.
Coutinho transmite sua ideia de uma forma segura, porém com muitas frases de efeito e acentuando que nem sempre o que aparenta ser o certo, é o correto, como no uso de alta dosagem de paroxetina, onde transforma todos sentimentos de A para Z, até chegar em um ponto crucial que faz repensar tudo que aconteceu, que vem acontecendo e que a realidade é que buscamos sempre todas as razões para esquecer, mas a verdade é que tudo passa por um início solitário, pelo meio vago para no final onde tudo estará bem.