O filme tem uma trama sensacional. Prende sua atenção e te faz ansear pelo que vem pela frente.
Além disso, tem uma metáfora sensacional. Você pode dar múltiplas interpretações para essa metáfora.
O fim, no entanto, me decepcionou. Acredito que foi um sentimento que atingiu a grande maioria de quem viu, mas que também não tira o brio do desenrolar do filme.
Para as metáforas, segue:
A administração (Deus), está acima de todos, sempre nos oferecendo o melhor, e que, conforme descemos (para o fundo dos infernos), vamos chegando ao pior de cada indivíduo. Ou seja, a perfeição está em Deus e vamos nos destruindo conforme nos afastamos dele. Contudo, no fundo do poço se encontra a verdadeira esperança (inocente e limpa), apesar das circunstâncias.
Se olharmos os personagens, cada um tem uma caricatura. O protagonista é a luta do ser humano comum tentando se superar, buscando absolvição, tendo empatia, caindo na tentação, buscando se proteger, buscando proteger outros, gerando empatia e caindo enquanto tenta subir. Seu primeiro colega de cela é o narcisista, pois pensa somente em si próprio, somente valoriza a si próprio e se utiliza dos demais para deu próprio benefício. Sua próxima colega é a pessoa arrependida, buscando salvar a si mesma e aos outros. Seu último colega é a pessoa de fé, transformado em um mártir como Joanna D'arc.
Outra analogia é que o protagonista é O Messias que se sacrificou por todos, seu colega negão é a Fé pura, o idoso a Lógica, a chinesa a Justiça com as próprias mãos e a criança a esperança inocente.
Ao longo dos andares vemos também os 7 pecados capitais. A soberba (colega se cela que diz que tudo é óbvio), a avareza (de quem está nos andares de cima e do homem com dinheiro), a luxúria (dos que buscam estuprar), a preguiça (da mulher com os travesseiros e dos homens na piscina), a inveja (dos que estão nos níveis mais abaixo), a gula (dos que estão nos andares intermediários), a ira (da chinesa contra o mundo).