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@cinemacrica
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107 críticas
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2,5
Enviada em 12 de fevereiro de 2021
(Insta: @cinemacrica): O ex-combatente, capitão Kidd, muda drasticamente de ocupação e passa a usar a verbalização de histórias e notícias como instrumento de sobrevivência. Interpretado por Tom Hanks, o antigo militar migra de cidade em cidade nos EUA do final do Século 19. Em dado momento, Kidd se depara com uma pequena garota abandonada e assume a responsabilidade de devolvê-la aos únicos familiares vivos, seus tios. Considerando que o design de produção primoroso, que aqui está presente, é praticamente algo esperado para uma obra desse porte, pode-se destacar as atuações da dupla principal como pontos altos. Hanks mantém o magnetismo do herói superador de adversidades: não há como não criar empatia. Ao seu lado, ótima atuação de Helena Zengel (Transtorno Explosivo) interpretando uma criança rebelde. A propósito, considero-a uma das maiores revelações juvenis. A mídia tem feito paralelos com "Central do Brasil". De fato existem semelhanças: jornada literária baseada em levar cultura para não letrados, relação entre gerações, processo de conhecimento íntimo da dupla protagonista induzido por um contexto adverso. Portanto, a comparação não só é possível, como torna didática a explicação do porquê a obra norte-americana é rasa. Em termos estruturais, é esperado que o arco mestre da jornada seja sustentado por subtramas capazes de demonstrar elementos como: o porquê de o adulto do relacionamento se interessar genuinamente por uma criança alheia ao seu cotidiano, como a relação amadurece mutuamente a ponto de virar amor, mergulho no íntimo do protagonista para embasar motivações, entre outros. O que se vê, contudo, é o esboço dessa estrutura , mas populada com insumos banais. A preocupação reside muito mais em oferecer episódios aventurescos e estéreis do que comprar o desafio de explicar a evolução das relações humanas com profundidade.
O título "Relatos do Mundo", do filme dirigido e co-escrito por Paul Greengrass, faz referência à forma como o seu protagonista, o Capitão Jefferson Kyle Kidd (Tom Hanks), ganha a vida: ele é um viajante, que percorre as cidades do Estado do Texas com o objetivo de ler as notícias do mundo para as pessoas. É importante mencionar aqui que o longa se passa no ano de 1870, logo após o término da Guerra Civil Americana, quando o Texas foi readmitido como um território dos Estados Unidos.
Os chamados road movies possuem algumas características marcantes - e todas elas ligadas a alguma perspectiva transformadora na vida das personagens envolvidas nestas histórias -, como: as presenças dos encontros, das paradas no meio do caminho; além da vivência de situações que representam rupturas e rebeldias diante dos acontecimentos retratados. Tudo isso está presente em "Relatos do Mundo".
O roteiro nos coloca diante do encontro entre o Capitão Jefferson Kyle Kidd e uma menina de 10 anos chamada Johanna (Helena Zengel). Na medida em que a trama progride, iremos perceber que os dois, apesar da enorme diferença de idade, possuem elementos em comum - principalmente o fato de que ambos são pessoas solitárias neste mundo e que perderam a referência daquilo que eles consideram como o lar. Por isso mesmo, a jornada maior deles em "Relatos do Mundo" é a preparação para o que vem pela frente, tanto para o Capitão Jefferson como para Johanna, e qual a melhor forma deles se posicionarem diante disto.
Por isso mesmo, o ponto mais importante de "Relatos do Mundo" é a excelente dinâmica que se estabelece entre Tom Hanks e Helena Zengel. Além da dupla, chama a atenção também, no filme, a competência da parte técnica - em especial da fotografia de Dariusz Wolski e da trilha sonora composta por James Newton Howard. A se lamentar somente o fato de que as transições entre as paradas no meio do caminho darem a sensação da narrativa ficar um tanto lenta. Mesmo assim, não é nada que prejudique no resultado final obtido por Paul Greengrass.
O filme tem uma fotografia deslumbrante acompanhado por um trilha sonora perfeita para o gênero faroeste a que se propõe o filme. O destaque fica para a jovem atriz que tem uma atuação impressionante e a história é bem interessante. Vale a pena conferir.
Talvez Relatos do Mundo fosse o filme que faltava para a carreira de Tom Hanks, um faroeste. Sem bem que, o longa esta mais para um drama ambientado no velho oeste sulista estadunidense. Relatos do Mundo é uma ótima e agradável surpresa na minha opinião, tem um bom roteiro uma atuação e construção de personagem muito sólida de Hanks e uma ótima atuação também da pequena Helena Zengel. Vale ressaltar as lindas fotografias e trilha sonora que o filme tem, e é interessante notar também certo conceitos, ideias e opiniões atuais do diretor inseridos pelo decorrer da obra. O único deslize do filme talvez seja o CGI, que é bem mal feito. Ótimo e belíssimo filme.
Que grande filme. Que magnífica obra! Uma metáfora do quanto o ser humano é dependente da história; da própria e da interatividade com a de toda a humanidade. Hanks dá mais um show de interpretação, concedendo enorme carga emocional ao seu personagem e "arrastando" junto, todo o staff de atores; mesmo que todos tenham tido rápida aparição, à excessão da ótima coadjuvante, a menina Helena Zengel, que esteve soberba. Fotografia linda; historicidade levada a sério; e cronologia perfeitas dão a esse filmaço, desde já, a preferência para ser apontado como o favorito ao melhor do ano. Cinco estrêlas!
Um filme em um ritmo mais cadenciado, intimista mas muito bom de se ver. Tom Hanks não decepciona e a história apesar de um tanto simples e sem reviravoltas mostra uma amizade que cresce e transforma. Apequena selvagem também manda muito bem. Recomendo.
Tom Hanks em ação ou seja Western! Filme baseado num Best Seller e aqui nos proporciona um bom entretenimento, apesar dos clichês e de um roteiro com pequenos furos. É sempre bom vê o mestre Tom em cena.
Um homem que lê o jornal para dezenas ou centenas de ouvintes de cidade em cidade, em pleno sul pós-guerra civil americana, encontra uma garota alemã criada por índios. O choque cultural é o que mais chama a atenção, além dos percalços enfrentados pelo personagem.
Sou fã no gênero e de Tom Hanks e não poderia deixar de ver o filme. O filme em si é meio parado e não há grandes emoções no decorrer das duas horas mas mesmo assim vale pela fotografia e atuações.
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