A morte de Pinto foi desvendada a partir de fotografias feitas pelo repórter fotográfico Ronaldo Bernardi, do Zero Hora. Ele flagrou o momento em que o operário, confundido com um assaltante, foi algemado e colocado em uma viatura da Brigada Militar, na Avenida Bento Gonçalves. Pouco mais de uma hora depois, o mesmo jornalista registraria a chegada do corpo de Pinto no Hospital de Pronto Socorro.
De acordo com a produtora, a intenção inicial era fazer um curta-metragem. Porém, diante da complexidade do caso e da quantidade de material coletado, sobretudo a partir de entrevistas, decidiram transformá-lo em longa.
O caso de Pinto foi julgado duas vezes pelo Tribunal de Justiça Militar do Estado. Na primeira, dois tenentes foram condenados a 14 anos de prisão e dois cabos e quatro soldados, a 12 anos. Na segunda, um dos tenentes foi absolvido. Os condenados foram expulsos da corporação e cumpriram apenas parte de suas penas.
O documentário participou do Festival de Gramado, do 9º Festival Internacional de Cine Latino, Uruguayo y Brasileiro, em Punta del Este e em Salvador.