O termo criança índigo é utilizado para descrever crianças que possuem habilidades especiais, uma maior sensibilidade, personalidades peculiares e que desenvolveram um grande senso ético-moral. O filme A Menina Índigo, dirigido e escrito por Wagner de Assis, tem como personagem principal a menina Sofia (Letícia Braga), que, aos sete anos, começa a apresentar um comportamento que é considerado diferente e que causa transformações na relação que ela estabelece com os pais (Murilo Rosa e Fernanda Machado), com as professoras e colegas de escola e com seus familiares no geral.
Apesar da tenra idade, no decorrer de A Menina Índigo, Sofia tomará para si algumas importantes responsabilidades. A principal passa a ser que ela começa a perceber como seu o papel de ajudar as pessoas ao seu redor, notadamente aquelas que estão passando por algum problema de saúde – na medida em que ela descobre que possui o poder de curar com a imposição das mãos – e as que ela ama, uma vez que ela passa a se dedicar à reconstrução do relacionamento entre os seus pais.
Entretanto, o que o filme nos mostra é como Sofia acaba transformando a realidade ao seu redor com uma mensagem de amor e de tentar enxergar o nosso próximo por aquilo que ele verdadeiramente é. Neste sentido, chama a atenção em A Menina Índigo a naturalidade do talento de Letícia Braga, que consegue transmitir as nuances de uma personagem infantil que tem muita complexidade.
O diretor Wagner de Assis é um especialista neste tipo de temática mais espiritual – a qual permeia toda a sua filmografia. Filmes como o que ele faz são muito importantes para poder disseminar mensagens que tenham um potencial transformador da nossa sociedade. Já somos tão contaminados, diariamente, com energias ruins, notícias de cunho negativo; que, quando nos deparamos com obras como essa, nos faz ter esperança sempre de que dias melhores estão por vir.