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Deivi L.
8 críticas
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4,0
Enviada em 6 de novembro de 2021
O protagonista eh envolvente lembra até o filme Na natureza selvagem onde acontece a subjetividade da força da natureza com a impulsividade da juventude ....mas amei.....
Excelente. Direção impecável de Fellipe Barbosa, com tomadas precisas e fotografia multifacetada, bastante consistente. Gravado em 3 países africanos - algo incrível e inédito no cinema brasileiro, carente em capacidade financeira -, merece ser indicado ao Oscar de Filme Estrangeiro. Atuação competente e segura de João Pedro Zappa, interpretando a história real de Gabriel Buchmann (amigo do diretor). O personagem, carismático, "frito" e com uma onipotência eternamente infantil, não foi apresentado apenas de forma romântica - mérito fundamental da direção, especialmente ao transmitir a história de alguém tão próximo.
Grata surpresa! Um belo filme, com uma reconstituição muito interessante utilizando os personagens reais, da viagem deste rapaz pela África. Um dos pecados talvez seja a edição do filme, que poderia ter eliminado algumas cenas para tornar a narrativa mais ágil. O final é bastante comovente. O filme poderia ter outro nome: Imprudência.
Em Busca de Gabriel e seu Destino. O diretor Felipe Barbosa faz um verdadeiro garimpo para contar a jornada do jovem carioca Gabriel Buchmann por vários paises da África em 2009, quando ele depois de formado em economia foi para o continente africano em busca das mazelas sociais, em pesquisa de campo para seu trabalho de pós graduação. Gabriel é ousado, sonhador e vive a vida das pessoas daquela região indo do Quênia, passando pela Tanzânia, Zâmbia e Malaui em busca de explicações, e não de aventuras turisticas, , em lugares exóticos. O Diretor usa muito os planos sequências com a câmera parada e tem cenas bem realizadas e belas tirando proveito de lugares como o Monte Kilimanjaro que Gabriel escalou e depois o Mulanji que fechou o ciclo de Gabriel na Africa. Outro ponto interessante é que não se deixa de levantar alguns aspectos polêmicos no comportamento de Gabriel, que as vezes é ousado e imaturo e teimoso, achando se senhor de si , em muitos acontecimentos e que o tornam inconsequente, e o leva a travar brigas com a namorada como no ônibus que quase perde pois se distrai fumando um cigarrinho. Isto é o melhor do filme, as nuances reais e contraditórias, pois o Diretor não quer dar aura de santo ao personagem, mas esmiuçar sua face humana e controversa , e ouve todos os que cruzaram o trajeto de Gabriel e participam do filme dando a versão de como o conheceram e de como era. Um belo filme que poderia ser mais curto, mas talvez a dificuldade das filmagens tenha levado o diretor a colocar tudo que fosse possivel e não cortar muito, ou nada, para manter integra a epopeia do jovem Gabriel na busca de respostas na Africa.
Embora não detenha conhecimento técnico para julgar uma obra cinematográfica, como um mero espectador me senti realizado com a produção. Correspondeu às minhas expectativas ao realizar uma homenagem, ao menos aparentemente, sincera e verdadeira. A abordagem humana do que na África sucedeu-se é de uma riqueza intransponível ao verbo. Igualmente rica é a qualidade investigativa da humanidade do personagem/homenageado Gabriel. É um filme para aventureiros, viajantes, curiosos e acima de tudo, sensíveis.
Para quem tem curiosidade em conhecer a África Negra mas não tem fôlego, ousadia, dinheiro ou tempo para percorrê-la, essa reconstituição cinematográfica impecável da viagem fascinante do Gabriel já é meio caminho andado. O filme tem um pouco da pegada filosófico-aventureira do Diários de Motocicleta e do espírito filosófico-trágico de Natureza Selvagem, dois clássicos do road movie.
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