Apaixonado por música que sou, acho incrível quando um diretor sabe usar ela a seu favor. Monique aqui acerta em cheio ao deixar que os números musicais construa o ambiente da boate, com as canções bregas e serestas. A fotografia ajuda a emergir nas apresentações, quase fez me sentir lá. Com um pouco mais de atenção nos detalhes dos elementos que compõem uma casa noturna, a vibe boêmia que o filme tenta passar poderia ser muito mais intensa. Infelizmente, esse não é o problema maior do filme. A trama conta muito com a sorte e coincidências para funcionar, tornando a história um tanto quanto novelesca, com seus encontros oportunistas, seu personagem principal que não tem falhas e as facilitacoes narrativas. Ainda assim o filme tem algo a dizer sobre família e companheirismo e as atuações elogiaveis torna tudo mais interessante de acompanhar.
Não esperava muita coisa do filme, mas com a reunião de um elenco tão afinado, com participações pra lá de especiais, em especial do Tremendão Erasmo Carlos com cenas muito bem dirigidas por Monique Gardenberg, uma trilha sonora espetacular assinada por Zeca Baleiro, que é um bálsamo para os ouvidos, focando no gênero rotulado como "brega" ajudam a contar a história de um mundo fora do real, mas tão real nos dias de hoje, onde a família luta contra racismo, homofobia, violência doméstica. Enfim um filme nacional em grande estilo. VALE A PENA CONFERIR E SE DELEITAR.
Assisti ao filme e achei excelente a forma como a música se envolve com o enredo e a história e característica de cada uma das personagens. Um excelente trabalho brasileiro, com uma certa tensão e muito romantismo. Os atores foram brilhantes na atuação. (Acho que menos de 4,5 estrelas é avaliação errada ao filme! Merece mais!)
excelente filme. ótima história. acho essencial termos obras nacionais que tragam LGBTs, pois infelizmente no Brasil ainda há muito preconceito e ele deve ser combatido com amor, amor em livros, amor em filmes, amor em novelas, amor nas ruas.
O filme musical é muito bem dirigido, envolvente e empolgante. As músicas bregas são deliciosamente interpretadas pelos atores/cantores. A trama é interessante e reserva aquela surpresa no final. Às vezes dá para confundir a relação de parentesco entre os diversos personagens. Mas isso não o diminui e sim desperta a curiosidade e a vontade de querer adivinhar o final. Vale a pena!!!
O filme foi uma grande surpresa e uma demonstração de que o cinema brasileiro já não é mais pornochanchada e tem uma safra muito boa de roteirista, diretores e bons escritores. Erasmo Carlos e Seu Jorge, dão demonstração de que cantor e compositor com talento podem ser por atores. Além disso a história dos personagens que vivem num cabaré de segunda classe, é uma realidade cotidiana em cidades do interior de minas, nordeste e norte do País. Parabéns à todos. Nota 10
O filme retrata a história de uma família que passa por diversas situações traumáticas, eventos que poderiam segregar e criar discórdias e abismos insuperáveis, porém a narrativa mostra que quando as relações são pautadas pelo amor e respeito ao próximo, os lações não são rompidos e as barreiras superadas, mesmo que demorem para ocorrer. No filme, a diretora usa a trilha sonora assumidamente "brega" para tecer essa colcha de retalhos que é a vida de todos nós. Gostei muito apesar do roteiro deixar algumas situações sem uma explicação muito clara.
PARAÍSO PERDIDO é uma boa surpresa em nosso cinema. Talvez tentando parecer um pouco descolado, o roteiro tem lacunas, compensadas por atuações afiadas de todo o elenco. O 'tremendão' Erasmo Carlos surpreende num personagem simpático e emotivo. Aliás, a trama causa enorme empatia, seja pela trilha sonora confessadamente brega, seja pela atmosfera 'almodovariana' que roteiro e direção nos proporcionam. Há momentos enternecedores, sem que pareçam piegas e as canções, por regerem a narrativa, nos trazem familiares lembranças. Impossível desviar os olhos da atuação superlativa de Júlio Andrade, ator que também se prova excelente cantor. A diretora construiu uma colcha de retalhos equilibrada e eficaz, tratando de homofobia, violência doméstica, desamparo e, superando tudo, a união que só amores fraternos podem proporcionar. Um belo filme.
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