Média
4,4
2192 notas
Você assistiu Parasita ?
anônimo
Um visitante
5,0
Enviada em 27 de janeiro de 2020
Em determinado momento de Parasita, novo filme do cultuado diretor sul-coreano Bong Joon-ho, um personagem fala como sua patroa é uma pessoa ''tão legal e inocente'' e que às vezes sente até pena dela, sendo imediatamente retrucado pela sua esposa com um seco ''Claro que ela é legal e inocente, ela PODE ser legal e inocente, ela é rica!''...Só essa breve descrição de uma cena do filme já te dá uma ideia do tom e dos temas que esta Obra-prima aborda. Há quem o veja com uma mentalidade superficial e contaminada pelo cinema deste hemisfério, vão dizer que é apenas mais um daqueles filmes de ''ricoXpobre'', uma estória clichê sobre desigualdades sociais. Aí é que se enganam, porque Parasita fala de coisas muito mais profundas do que se pode imaginar observando de forma apressada. Na primeira assistida, muita gente não vai conseguir sair da premissa básica, vai ficar sem captar todas as mensagens e comentários sociais que o brilhante roteiro de Joon-ho transmite, esta é uma daquelas obras complexas cheias de entrelinhas e sub textos que precisam de uma atenção especial para que seja absolvida por inteiro. Então definitivamente seria recomentado pelo menos duas assistidas, para que o impacto seja realmente atingido. Um urgente, detalhado, e sagaz olhar sobre temas atemporais, Parasita apresenta um realizador talentoso em pleno controle de seu projeto. Com situações altamente identificáveis em uma narrativa profunda rica em significados que nunca perde o fio da meada, você vai começar este filme pensando que se trata tão somente de uma sátira social com toques de drama sobre uma família de larápios rasteiros dando o golpe do baú, e terminá-lo com muitas coisas para pensar da sociedade de hoje, sua falta de empatia e compaixão, os papéis que as circunstâncias nos obrigam a desempenhar, e, principalmente, o preço que se paga ao buscar ascensão social a qualquer custo. É um filme que se mantém fiel à si mesmo até quando deixa de ser plausível, com ficcionalização e exacerbação extrema de situações corriqueiras, entrando de vez no terreno da sátira social. Praticamente uma comédia escrachada na primeira metade, é incrível a forma como o filme se ressignifica como suspense ao fim, com direito a uma sequência apoteótica sangrenta perto do final. Tecnicamente, o apuro não poderia ser melhor, com um trabalho de edição e design de produção tão bom quanto ou até melhor que muitas produções hollywoodianas, sendo a sonorização particularmente notável. O elenco é perfeito, todos os atores com personagens de destaque, sem exceção, estão fantásticos, com Kang-ho Song na dianteira. Parasita é algo que você não pode descrever objetivamente com palavras, é algo abstrato que precisa ser vivenciado mesmo. ESPETACULAR!!!
5,0
Enviada em 26 de outubro de 2019
A crítica de Bruno Carmelo, sobre este filme, não é ruim. Apenas deixa de lado o quão impressionante esse filme é, e como se torna impossível desgrudar os olhos da tela, além da constatação "surreal" de como é possível um filme tão bom assim. Fiquei envergonhado por não conhecer melhor o cinema coreano. Sim, Bruno acerta em cheio quando menciona elementos simbólicos, caricatos, mas é tudo tão bem encaixado, roteiro, fotografia, atuações, direção, que o filme é completamente convincente ao que se propõe. Seduz, instiga, tensiona o suspense, joga com uma criatividade inacreditável. Ficamos na expectativa do desfecho, que faz o espectador aplaudir as 2 horas do filme. Há momentos de humor que nos fazem gargalhar, exposição de contrastes, momentos de filosofia e de intimidade. Repito: como esse pessoal fez um filme tão bom?
5,0
Enviada em 11 de novembro de 2019
Um dos grandes filmes do ano e de um diretor diferente e acima de tudo super talentoso, sendo ele já uma realidade no meio, o grande Joon-ho Bong já tem obras excelentes como O expresso do amanhã e Okja, mas aqui ele tem seu melhor filme, destaca-se principalmente pelo roteiro excepcional com diálogos incríveis, atuações de primeira e um enquadramento de câmera ótimo. Parasite tem potencial para daqui alguns anos se colocado como Obra prima.
5,0
Enviada em 11 de dezembro de 2019
Estou processando como descrever Parasite, parece que passou um furacão em minha cabeça, mas uma coisa eu sei se a duração do filme fosse 4 horas eu queria que durasse 5 horas, a imersão de parasite é outro nível, posso dizer tranquilamente que nunca havia assistido um filme como esse, seus detalhes, as minuciosas coisas que há nele são ridiculamente espetacular.
A cada cena, literalmente a cada nova cena não havia tempo para respirar, Parasite é incansável, aterrorizante, maravilhoso e também é um parasita que está em minha mente e que nunca mais sairá.
5,0
Enviada em 28 de novembro de 2019
Se você ainda não assistiu um filme do criativo diretor sul-coreano, Bong Joon-Ho (Okja e Expresso do Amanhã tem na Netflix, O Hospedeiro e Mother) não sabe o que está perdendo. De longe, o diretor é um dos mais inventivos do mercado cinematográfico, e em seu novo longa “Parasita” ele consegue ascender e misturar sua cinematografia de forma majestosa, navegando em diversos gêneros e transformando esse trabalho em um obra impecável e única. Parasita conta uma história de desigualdade de classes, onde temos a família Kim, pessoas que vivem em extrema pobreza na Coreia do Sul e moram em uma casa (que mais parece um porão), abaixo do nível da rua, tanto que mendigos mijam em sua janela diariamente e eles precisam fazer pequenos bicos e “gambiarras” para sobreviver. Talvez gambiarra seja a palavra que define essa família na narrativa de Joon-Ho, pois desde a cena de abertura do filme, já temos um contato com os Kim tentando pegar o sinal de WiFi do vizinho, nesse sentido, fica claro para o receptor que eles não são tão bestinhas ou inocentes como parece. É tipo o “jeitinho brasileiro” de se virar ou fazer as coisas e isso fica evidente quando o filho deles consegue um emprego na casa da família rica. Do outro lado temos o contraponto ou espelho deles, a família Park, extremamente ricos, donos de empresas de tecnologia que vivem em uma luxuosa mansão e não passam pelos perrengues da outra família. O interessante disso tudo é que as duas famílias são compostas por 4 pessoas (pai, mãe, filho e filha) o que lembra muito o excelente filme “Nós” do americano Jordan Peele, que estreou também em 2019. Os dois longas retratam as facetas da desigualdade, mas também são literais em dizer que existe uma relação parasitária entre uma classe e outra, como se um dependesse do outro, mas quem é o parasita de quem? Talvez por se colocar no lugar do outro com suas vivências seja fácil definir isso, no entanto, o trabalho e toda a acuidade visual e metalinguística de Joon-Ho brinca conosco como uma montanha russa de emoções. Os Kim vivem em um plano abaixo, quase um esgoto, enquanto que os Park vivem acima. Para chegar na casa dos Park existem inúmeras subidas e escadas, enquanto os Kim é só ladeira abaixo, contrastes visuais, metalinguagem e uma narrativa muito bem elaborada para uma temática relativamente simples, que faz do Parasita um filme soberbo, brilhante e até indigesto com suas diversas reviravoltas. Para mim um dos melhores filmes do ano!
1,5
Enviada em 11 de fevereiro de 2020
Um monte de acontecimentos sem conexão com a realidade, um monte de comportamentos sem conexão com uma mínima normalidade humana. Uma sucessão interminavel de bobalhada sem sentido e sem empatia. 2 horas de duração parecem 3. Além de falhas de filme infantil como: Como é possível num país tão tecnológico uma mansão de luxo não ter câmeras sequer no Jardim? O final é inacreditavelmente ruim, e aliás o filme só vai piorando com o tempo, por incrível que seja alguém deixar acontecer esse tipo de despropósito. Está bastante claro que os EUA quiseram agradar a Coreia, e assim tiraram o Oscar de, simplesmente, Scorcese, que fez um filme ótimo, com três grandes monstros do cinema, e de DUAS OBRAS-PRIMAS: Coringa e 1917. Como a Academia faz isso?
5,0
Enviada em 19 de novembro de 2019
Diria que o filme é impactante, pois através de forma que de início parece até cômica faz uma crítica profunda à sociedade sul coreana. Também é um filme tenso que prende a atenção dos espectadores do início ao fim. Essa crítica social caberia perfeitamente a outros países e não apenas à Coréia do Sul.
5,0
Enviada em 3 de dezembro de 2019
Filme ácido sobre as relações sociais. Uma família desocupada, aos poucos assume todas as funções serviçais de uma família rica e aos poucos seus abusos vão sendo revelado, bem como daqueles que foram substituídos e da própria família abastada. Genial.
5,0
Enviada em 7 de janeiro de 2020
Espetacular! Menos que isso seria injustiça. Filme com ótimo roteiro, vai te prendendo do início ao fim e um elenco sensacional. As doses de humor, essenciais, quebram o peso do filme. Muito envolvente e reflexivo.
4,5
Enviada em 13 de novembro de 2019
Quase uma obra-prima, faltou pouco. Talvez implicância minha com alguma solução simplista ou novelística demais. Mas, em sua maior parte, PARASITA provoca incontáveis emoções. Um filme montanha-russa, alterna momentos cômicos com outros de roer unhas, de rir de incômodo ou de derreter o coração. Merecidamente levou, neste ano, a Palma de Ouro em Cannes. Creio ser muito difícil um filme divertir, emocionar e ainda conter uma crítica social tão intensa. Numa Coréia do Sul onde a tecnologia 'infinitos G' anda de mãos dadas com a opulência e caminha ao lado da pobreza, da sujeira e da falta de perspectivas. O cineasta Bong Joon-Ho é um prodígio em criar emoções extremas em situações-limite (como em MOTHER).
Um modo perturbador de filmar que nunca desanda para a provocação vulgar: a chuva-espetáculo para os patrões é alagamento para os serviçais. Os espaços sofisticados são amplos, contrastando com a pequenez dos cubículos dos periféricos. A patroa importa produtos norte-americanos, a governanta despedida faz uma imitação barata de uma apresentadora da tv norte-coreana. Extremos. A parte final é brilhante, numa cadência de cenas surpreendentes. Para quem aprecia cinema bem realizado, é jóia a ser guardada.
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