O filme alta frequência explora um tema já bastante utilizado pela indústria cinematográfica, em especial o gênero ficção científica que é a viagem no tempo, e a possibilidade de alteração de nosso destino no espaço-tempo. Porém, a película consegue dar uma emoção a mais em seu enredo através da mistura de diferentes elementos, como: o drama, o suspense, o thriller e a fantasia para produzir uma história comovente e que prende a atenção do espectador do início ao fim. As atuações de Dennis Quaid e do James Caviezel, como pai e filho, respectivamente, são espetaculares. Aliás, esse é o ponto alto da trama: a relação familiar e até ponto os laços parentais são tão fortes a ponto de superarmos todos os obstáculos para uni-los novamente. O mistério obtido por meio da sequência de um serial killer, também foi muito bem introduzido na história. Outro fator importante foi a ambientação da história em épocas bem marcantes e ricas como os anos 60 e final dos anos 90/início de 2000. Talvez, o único ponto negativo, a meu ver, mas, que não tira em nenhum momento a riqueza da obra, seja a falha nas ações de alguns personagens, que pareceram por vezes meio forçadas e clichês. Isso pode ter ocorrido, possivelmente, pela época em que o mesmo foi produzido, o qual o cinema e, por conseguinte, o público ainda se mostrava mais ingênuo em relação ao desenlace do roteiro. Contudo, é um filme que recomendo bastante, visto que além de ser uma excelente diversão, dá para tirar do mesmo, inúmeros ensinamentos para a nossa vida, como dar valor ao quê e a quem realmente importa; nossos familiares, quer sejam biológicos ou adotivos.