Quando a gente pensa que o cinema rodou de vez vem um cara novo e mostra que há muito o que ser filmado.
Caso for ver esse filme nem pense em pipoca porque não combina, não vai ter como fazer duas coisas ao mesmo tempo. Tome sua água e se ponha bem confortável porque vc será tomada sum solavanco que vai lhe soltar só depois do final. E respire, respire antes porque durante tb não dá, a levada é de tirar o folego.
Não satisfeito em conceber o argumento o cara escreveu, dirigiu e produziu o filme. E se deu bem, muito. Filmaço!
Fica parecendo que o Newton olhou pra Nicholson e pensou: “Vou escrever uma personagem pra ela”. E a atriz, Nicholson, coube à perfeição. Ela que é a responsável por lhe trancar no enredo e deixar desembarcar só no final da história. Com uma interpretação eletrizante, magnética à flor da pele. Baita atriz!
A direção é discreta e competente, ao mesmo tempo jovial e intensa. Fotografia despretensiosa e eficaz, sem perder a beleza estética. Trilha sonora nem precisou, mas o diretor lhe põe dentro de um clube de jazz na hora certa do enredo, a música que entra parece um oásis pra gente se refazer se preparando pro final genial.
Como diria Oswald de Andrade: poucos alcançarão esse refinado biscoito.
Confira!