Obra prima da vasto universo de animes, GHOST IN THE SHELL sustenta uma narrativa focada pela essência filosófica que oscila entre o sentimentalismo e o desejo humano em se superar abusando da tecnologia. Baseado nessa ideia, o ano de 2029 compila um momento em que as pessoas já estão acostumadas com tecnologias que modificam e ampliam capacidades motoras dos humanos, algo que é nitidamente evidenciado na protagonista Motoko Kusanagi, agente que possui quase 100% de seu corpo "ajustado" para melhores rendimentos. Em contrapartida a essa complexidade social, surge o conhecido Mestre dos Fantoches, um líder capaz de hackear praticamente todo tipo de mecanismo que dispõe de recursos tecnológicos. Motoko lidera a busca pelo algoz que mostrará elementos que envolvem política e interessem escusos.
Não há dúvidas quanto ao mérito de GHOST IN THE SHELL quando se fala em diversos aspectos, desde contextuais até técnico e visuais, pois o longa comandado por Mamoru Oshii representa um conjunto de elementos tão brilhantes que fica difícil avaliá-los de forma coletiva. O fato é que a riqueza de detalhes em seu traços, a fotografia adequada minunciosamente a cada cena, sequências de ação comandadas com total poder narrativo e uma história sublime para poucos entenderem em sua totalidade, representam não somente uma obra única, mas repleta de momentos que nos levam a considerá-lo como algo atemporal e digno de seu status cult.
É um filme que, ao lado de Matrix, precisa se revisto algumas vezes para que a compreensão de seus pormenores não passem despercebidos, haja vista possuir capacidades de reflexao únicas e brutais, inclusive seu nome que possui força de coerência com a essência da obra.
FENOMENAL.
Obs.: A versão remaster, acompanhada do 2.0, acrescentou pequenas cenas em CG, mas honestamente soou como colocar um chapéu de palha em alguém de terno e gravata.