Filme sem contexto nenhum. Parecem que os filmes de ação nos dias atuais só precisam de umas cenas absurdas, de situações impossíveis, com imagem bacana, e só.
O filme até tem uma ideia bacana, com pessoas que reencarnam infinitamente, se lembrando das vidas passadas, com bom elenco, mas peca na história, no motivo do vilão (que era do lado dos bonzinhos, e não deseja mais reencarnar). Fica meio que um Thanos genocida, que quer acabar com a vida de 7 bilhões de pessoas, mais animais e plantas, simplesmente porque não deseja mais reencarnar em outra vida (até aqui ok).
Mas primeiro, ter pessoas ao lado dele que compactuem com essa ideia, é ridículo. Porque você ajudaria um genocida com uma ideia absurda que irá também tirar a sua vida?
Segundo, o vilão tem uma arma que mata e subtrai a alma dos chamados "infinitos", armazenando em um chip de computador. (absurdo, mas ok). Então, se o vilão não quer mais reencarnar, porque raios não atira na sua própria cabeça com essa arma, e salva sua alma em um chip, e assim nunca mais irá nascer novamente. FIM.
Mas não, tem que ter essa péssima ideia, só pra ter um filme de quase duas horas.
Terceiro: porque todo filme de ação agora tem sempre um homem forte, com cara de mau, mas que na hora de lutar fica em câmera lenta, apanha e morre primeiro??? Ah, sem contar com o clichê de ter uma japonesa com cabelo colorido na equipe, que não soma em nada, só faz cena, e morre do nada. Sim, é isso que acontece.
Sem contar nas cenas (que tem em todo filme de perseguição) no qual a polícia persegue, nunca alcança, e arrebenta seus 545 carros, motos, caminhonetes, e o helicóptero não ajuda em nada (igualzinho na vida real).
E a cena final? Que claro, vai colocar as duas loiras do filme para lutarem entre si, uma com uma peça de metal fincada na barriga, e ainda derrota a vilã, que é duas vezes maior que ele, e que passa o filme todo como o braço direito do genocida, mas morre ridiculamente. E ainda não mencionei a cena em que o mocinho (Mark Wahlberg) pula de um penhasco com uma moto em cima da asa do avião do genocida (Chiwetel Ejiofor). Sim, você leu direito. Ele salta com a moto de um penhasco sobre a asa do avião, joga a moto na turbina, obrigando o piloto a proceder manobra de pouso, e fica em pé em cima do avião, sem se segurar em nada (é Infinito ou Superman esse filme?).
Sério, esperava mais pela capa, pelo elenco e pelo trailer do filme. Mas hoje em dia parece que é só fazer uma adaptação pífia de um livro qualquer, colocar umas cenas de efeito, um enredo que não precisamos pensar, e já era.
Sorry, pode funcionar para aqueles amantes de programa João Kleber de domingo, mas para aqueles que gostam e perdem horas de seus dias com bons filmes, decepciona de acordo mesmo.
Sugestão: assistam qualquer outro filme de ação. Qualquer um será melhor que esse.