Visando criticar o produto que é atualmente executado pela mídia tradicional, o longa dirigido por Giancarlo Esposito (Breaking Bad) acompanha Adam rogers (Josh Duhamel) um perspicaz apresentador que no final de seu programa presencia um assassinato e homicídio cometido por uma das integrantes do show. De forme bem rasa, o roteiro utiliza o instantâneo trauma criado pelo ocorrido, em uma ideia para o apresentador, criar um programa para que pessoas com a intenção de se suicidar, uma chance pra que possam fazer isso ao vivo, mostrando assim algo diferentemente de tudo que se passa, real, e ainda enaltecer o valor da vida para os espectadores, o que talvez conceitualmente possa soar interessante, porém que é desvirtuado pela falta de aprofundação do roteiro, transformando o conceito em algo que beira o tosco (O apresentador hora parece extremamente traumatizado pelo ocorrido, após uma cena aparece com a ideia de repetir o acontecimento). Em contraponto a isso, Mason Washington (Giancarlo Esposito), um esforçado trabalhador que se encontra em dificuldade para atender as necessidades financeiras de sua família, tenta a qualquer custo aumentar sua renda para oferecer mais conforto para seus familiares. E embora o evidente esforço de Giancarlo, o arco de seu personagem é extramente escopo e mal escrito, servindo apenas para trabalhar as complicações de seu personagem, e não tentar criar empatia do mesmo com o público, o que faz com que seu previsível desfecho se torne extremamente desimportante.
Embora ocorra um mau aproveitamento de parte de seu talentoso elenco (James Franco aparece por menos de cinco minutos), o elenco principal liderado por Duhamel e Esposito entrega um trabalho decente, com atuações sólidas que fazem com que o espectador consiga entender os sentimentos e as motivações dos personagens, por mais que o roteiro do filme peque nesses aspectos. A direção de Esposito segue no mesmo grau, em seu segundo trabalho como diretor, Esposito encontra uma forma simples e direta de passar todas suas críticas e mensagens para o espectador.
No fim, se resume um filme de direção decente, com atuações sólidas, um fraco roteiro. Uma ideia que se melhor aprofundada e desenvolvida poderia se tornar um dos grandes filmes do ano, porém se resultou em um longa-metragem pouco abaixo do medíocre.