A trilogia do mestre do suspense pós moderno, M. Night Shyamalan chega ao ápice em "Vidro", continuação de Fragmentado (2016) e "Corpo Fechado"(2000). Apesar do primeiro ser lançado como um drama despretencioso sobre um sujeito brilhantemente interpretado por Bruce Willis, q é o único sobrevivente de um fatídico acidente de trêm, e q foi feito uma suave, estonteante e quase inesperada ligação com sua volta ao gênero de terror que o consagrou em "O Sexto Sentido" (também com Bruce Willis) na sequência "Fragmentado" (16 anos depois), contando uma história original e ousada do personagem Kevin M. Crumb, interpretado por James Mcavoy (o jovem professor Xavier de X:Men) que esta fenomenal no papel de um sujeito incomum e suas 23 personalidades. Em
Vidro, Shyamalan completa o ciclo colocando o personagem do fantástico Samuel L. Jackson, (que parecia servir apenas de escada para Bruce Willis no primeiro filme) como o seu grande ato de um personagem tão complexo e de identidade oposta aos dois anteriores e seu feitos estranhos e poderes sobrenaturais, com um sujeito q se quebra com facilidade por uma doença rara degenerativa dos ossos de seu corpo. Em Vidro Shyamalan brinda o expectador com um de seus maiores trabalhos como diretor e autor, pois suas obras não são apenas entretenimento barato, pelo contrário, são verdadeiras aulas de construção de personagens e climas tão contundentes e cheios de mistérios, mas o principal, repleto de identidade, seja autoral ou visual, resultando em um filme repleto de peculiaridades que fazem o expectador questionar a todo tempo se os protagonistas realmente possuem poderes sobre humanos os colocando em cheque por uma psiquiatra que tratam todos eles em un filme recheado de bons diálogos, muitas referências aos quadrinhos, apesar de se tratar de uma saga original, ao mesmo tempo que questiona as ligações q as HQs tem sobre a nossa vida e sociedade como um todo, recheado de críticas sociais e interpretações de arrepiar como de James McAvoy q deixa qualquer um arrepiado. Assistir a um filme como esse dublado é quase um.pecado, pois perdemos e muito um grande atrativo, que são as trasformações do protagonista em diversificar em cada uma de suas personalidades, um show a parte, mas q neste filme o astro principal é o próprio escritor e diretor que, como sempre, faz uma participação especial em seus filmes como ator, mostrando q seu apreço pelo mestre do suspense Alfred Hitchcock é sua forte e talvez principal influência para criar filmes tão originais e repletos de questionamentos e um dos poucos em Hollywood que de fato fazem o expectador pensar, produzindo um cinema de arte com astros de calibre, sem perder sua personalidade emblemática com muita essência e seus fantásticos ângulos, posicionamentos e movimentos de câmera tão peculiares, envolvendo o expectador em suas descobertas. Em Vidro vemos Shyamalan e todos os envolvidos em um dos melhores trabalhos de suas carreiras em 3 filmes que agora podem ser considerados apenas um, sem se preocupar em terem cada um a sua identidade.