Um exercício de como fazer e brincar com o cinema. Woody Allen se mostra em sua melhor forma como diretor e roteirista neste "Memórias", surpreendendo sempre com os rumos aos quais é levado Sandy Bates, personagem interpretado pelo próprio Allen. A própria abertura do filme é belíssima, em que Allen e os personagens à sua volta demonstram suas emoções através de gestos. Além disto, "Memórias" ainda mostra um pouco como é a vida de um grande astro do cinema hollywoodiano, ao mesmo que a satiriza mostrando também as atitudes das pessoas que se vêem perto de um grande astro. Para completar, "Memórias" conta ainda com a beleza de Charlotte Rampling, sempre brilhando na tela, e um final inesperado e brilhante.
Stardust Memories é um filme de drama e comédia lançado em 1980 e dirigido por Woody Allen.
O filme conta a história de Sandy Bates, um famoso cineasta e acompanha um retrospectiva de seus filmes, sua vida e sua carreira.
Esse é um dos filmes mais diferentes de Woody Allen, o início do filme até me lembrou um pouco Eraserhead(David Linch) o que é bem inesperado vindo de um longa de Allen. Tecnicamente ele é ótimo, muito engraçado e criativo, ele é uma ótima representação de um cineasta em crise e em certos momentos o longa te faz perguntar se oque você está vendo é real ou não. Além disso, a fotografia em preto e branco do filme ajuda a ressaltar o tom de melancolia do filme.
O filme não é perfeito, em certos momentos ele fica um pouco confuso devido a linha do tempo e o final dele por mais que seja inesperado, ainda assim é um pouco "desanimador", mas considero um final legal.
Stardus Memories é um filme criativo, visualmente ótimo, com muitas referências legais a outros cineastas e tem momentos bem engraçados.
Senhoras e senhores, esta é uma autêntica obra de arte do Woody Allen. Em 'Stardust Memories', o diretor ostenta tudo aquilo que fez eu me apaixonar pelo seu cinema desde que assisti 'Annie Hall', há muitos anos. Este é um dos mais significativos, sensíveis e sutis trabalhos da filmografia de Allen e um sincero presente dele para todos seus verdadeiros fãs. 'Stardust Memories' é muito mais do que uma obra com influências autobiográficas; trata-se de um exercício de reflexão sobre o que a vida significa para cada um de nós e sobre como não podemos levá-la a sério o tempo todo. Amei completamente o filme, em todos os seus aspectos. Quando alguém me perguntar por que sou tão apaixonado pela obra de Woody Allen, certamente irei recomendar 'Annie Hall' e 'Stardust Memories'. Uma pena que a crítica e diversos espectadores, em geral, considerem este um dos seus filmes mais fracos, tornando-o, portanto, uma das suas obras mais subestimadas.
Woody Allen é um autor por excelência, suas características reflexivas e autobiografias se repetem em seus filmes – mas sempre com novas faces.
“Stardust Memories (1980)” é o sonho acordado de um autor confuso e deprimido. A ficção sempre fala algo a respeito da realidade, ao mesmo tempo em que se confunde com ela.
A fantasia é representada tanto pelos sonhos acordados como pelos filmes. Desde um trem com pessoas supérfluas até uma criança que faz truques de mágica e tem uma relação curiosa com a mãe – criança essa que representa o próprio Allen e, para não perder o costume, parece fazer uma sátira a Freud.
Há muito do próprio diretor, desde a rejeição aos holofotes até a utilização de sua criação para conversar com o próprio interior e expressá-lo, decerto na tentativa de entendê-lo melhor ou talvez de ser mecanicamente usado por ele.
Os relacionamentos amorosos aparecem como um refúgio para sobreviver neste mundo desarrazoado. Na cena final, os minutos se passam expondo a beleza exuberante e simpleza da dama, um momento quase divino, como se aí mesmo estivesse o significado procurado.
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