Críticas mais úteisCríticas mais recentesPor usuários que mais publicaram críticasPor usuários com mais seguidores
Filtrar por:
Tudo
Ricardo M.
13.162 seguidores
697 críticas
Seguir usuário
2,5
Enviada em 23 de janeiro de 2019
Após 10 anos do lançamento do documentário Uma Verdade Inconveniente, o protagonista resolve atualizar seu público com a continuação UMA VERDADE MAIS INCONVENIENTE, na qual estabelece relação de eventos ocorridos em certos pontos do planeta com a falta de políticas públicas e também traça um prospecto acerca das evoluções conquistadas pela energia limpa.
Apesar do documentário anterior focar em ser mais detalhista nos pontos tratados, esta continuação buscar emoldurar seu desenvolvimento com base no que os políticos não fizeram, pararam de fazer ou declaradamente não farão. Isso acaba por fragilizar seu objetivo, uma vez que Al Gore foi político e é sempre cumprimentado como ex-vice presidente. Em contrapartida, há doses interessantes de informações sobre avanços na utilização de energia limpa, com dados curiosos que mostram a dimensão de tal capacidade energética.
Embora seja mais feroz em sua essência e destine muito foco no lado político da coisa, UMA VERDADE MAIS INCONVENIENTE é interessante pela proposta, não pela execução. Pode funcionar como crítica às ações governamentais, mas sua excessiva auto-defesa coloca isso em xeque por diversas vezes. Vale a curiosidade para quem viu o anterior.
E eis que Al Gore, alvo de piadas inspiradas em South Park, volta para a continuação sobre os perigos da extinção do homem-urso-porco. Sabe, aquela criatura mística que é metade homem, metade urso e metade porco. Sem pretensões de explicar para o público em geral que não existem três metades de uma coisa, o que Gore faz efusivamente é apelar para gráficos, imagens, vídeos de catástrofes e muita emoção. E ele consegue. Pelo menos na frente das câmeras.
No primeiro filme Al Gore apresentou ao mundo fatos e dados pesquisados e procurou demonstrar ao mundo a relação de causa e efeito do aquecimento global em nosso planeta e cativou a atenção do expectador sem esforço. Desta vez, o foco mudou muito . O motivo central não é exatamente imagens de causa e efeito, mas é a atuação do próprio Al Gore, culminando com sua interferência política (e correta) nos bastidores das negociações mundiais em prol da energia limpa e sustentável como espinha dorsal de combate ao aquecimento global. O filme começa muito lento e não tem a mesma dinâmica do primeiro, e assim vai até a metade quando finalmente deslancha. O expectador que esperava ver mais dados práticos de causa e efeito se frusta com pequenas pinceladas apenas para temperar o prato principal. A narrativa central do filme é a necessidade de se fazer algo para mudar o rumo das coisas, basicamente é o ativismo de Al Gore , nesse filme ele é o verdadeiro protagonista, a história é a da atuação dele no cenário global, como se fosse uma obra bibliográfica pintada com as tintas que ele gostaria de usar. Mas, o efeito colateral dessa história é muito positivo, pois o assunto que o impulsona é sério e desperta consciência para graves problemas que o mundo enfrenta. Al Gore colabora, mesmo com um filme menos impactante, na formação de valores preciosos nas nossas mentes e corações.
Caso você continue navegando no AdoroCinema, você aceita o uso de cookies. Este site usa cookies para assegurar a performance de nossos serviços.
Leia nossa política de privacidade