O diretor Gilles de Maistre teve a ideia de fazer o filme quando estava gravando um documentário de televisão sobre a amizade única entre crianças e animais selvagens ao redor do mundo.
Segundo o especialista Kevin Richardson, que foi consultado pelo diretor Gilles de Maistre, a única maneira de um leão real não ferir uma criança durante as gavações é se os dois tivesses crescido juntos. Por isso, a atriz Daniah De Villiers passou quase três anos convivendo com Thor, o leão, desde que ele era um filhote, enquanto as filmagens aconteciam, de maio de 2015 a dezembro de 2017. Mas ela retorna regularmente para visitá-lo hoje em dia.
A equipe já estava preparada caso a sugestão de fazer as filmagens de uma menina com um leão não desse certo. O ator que interpreta o irmão da atriz principal estava pronto para segurar as pontas, caso Mia Owen (Daniah De Villiers) ficasse com medo durante as gravações.
Todas as filmagens ocorreram naturalmente até o filhote completar um ano e meio de idade. Depois disso, toda a equipe ficou protegida atrás de grades, como verdadeiras gaiolas, porque, passados dois anos, os leões já são considerados praticamente adolescentes, o que pode gerar uma certa insegurança.
O diretor de A Menina e o Leão (2019), Gilles de Maistre, chegou a considerar fazer uma continuação do filme. No entanto, isso iria exigir que a atriz principal, Daniah De Villiers, retomasse todo o processo de aproximação e costume com o leão, o que poderia ser um tanto quanto arriscado e uma atividade lenta e cuidadosa. Por isso, acabou desistindo da ideia. Mesmo assim, os três anos foram um período de muita aprendizagem.
Foi durante a produção de um documentário de TV que Gilles de Maistre teve a ideia de fazer A Menina e o Leão (2019). Ele achou interessante a possibilidade de existir uma relação de verdadeira amizade entre uma criança e um animal selvagem.
Antes de eleger Daniah De Villiers para viver o papel de Mia Owen, mais de 300 crianças da África do Sul passaram por uma espécie de processo de seleção. Segundo o especialista e defensor de felinos, Kevin Richardson, o mais difícil foi encontrar uma crianças que tivesse pais que permitissem esse tipo de aproximação entre seu filho e o animal.