Um cirurgião de sucesso, Zaid (Dar Salim) é casado e feliz com Stine (Stine Fischer Christensen), que espera seu primeiro filho. Eles estão comemorando sua gravidez com alguns amigos próximos quando Zaid recebe um telefonema. Ele coloca o celular de volta no bolso e franze a testa, lançando assim as bases para a tragédia que está por vir.
Em Underverden (Guerreiro da Escuridão), o diretor Fenar Ahmad e seu co-escritor Adam August exploram o que significa ser um imigrante, com perguntas sobre identidade, autoestima e assimilação. Os pais de Zaid o trouxeram quando emigraram do Iraque para a Dinamarca, depois tendo outro filho, Yasin (Anis Alobaidi).
O irmão mais velho, Zaid, é um exemplo perfeito ideal dos imigrantes. Ele teve uma boa educação, frequentou a escola de medicina, tornou-se cirurgião, casou-se e agora espera expandir sua família e garantir suas raízes na Dinamarca.
O irmão mais novo Yasin, no entanto, é o lado insatisfeito, para o profundo desapontamento de seus pais e irmão mais velho. Yasin se envolveu com o crime organizado. Ele interrompe o jantar de comemoração de Zaid para pedir ajuda "uma última vez", pedindo uma grande soma de dinheiro para tirá-lo de sérios problemas.
Ligeiramente bêbado, extremamente irritado e claramente exausto pelos contínuos erros de Yasin, Zaid recusa ajudar, mandando Yasin embora... e um fatídico destino com a morte.
Zaid fica espantado com a morte do irmão e começa a se culpar por não ajudar seu irmão, principalmente quando ele começa a notar ineficiência da policia sobre o caso de assassinato de seu irmão.
Isso o impele a uma série de ações que se tornam cada vez mais desequilibradas e insensatas e, em última análise, muito dolorosas para as pessoas que estão ao seu redor. Não fica muito claro se Zaid sabe exatamente o que ele está fazendo ou por que está tomando este caminho tão brutal, impiedoso e egoísta, sem estar pensando nas consequências de suas ações. Cegado pela raiva, Zaid está totalmente envolvido pelo seu lado sombrio.
Semion (Ali Sivandi) é completamente arrogante detestável, Semion justifica suas ações, alegando que ele está cuidando de seus colegas imigrantes e seus vizinhos através de contribuições de caridade, enquanto Zaid e sua espécie têm sido ocupados 'fingindo' ser europeu e se concentrando em sua própria mobilidade ascendente.
O roteiro é inteligente o suficiente para colocar esses pontos convincentes na boca de um criminoso perverso, deixando Zaid sem palavras em resposta - porque é verdade. Ele ignorou suas raízes, parou de sustentar seus pais e desprezou seu irmão. É tudo verdade, mas Zaid está convencido que o que ele esconheu é o certo, a sua vingança pessoal.
Por suas ações, ele prova que ele não pode viver com qualquer dúvida que perdure, e ele deve silenciar essas dúvidas, tomando vingança contra todos que oprimiram seu irmão. Assim, temos um Guerreiro da Escuridão, que é ainda mais perturbador do que pode parecer no início.
Ele não apenas superou as minhas expectativas como é um dos melhores filmes dinamarqueses que eu tenha visto.
A grande coisa sobre este filme é ele que não é apenas um thriller (suspense) de ação com toneladas de violência, é um thriller muito inteligente, sombrio e que toca em assuntos muito pesados.
Eu fiquei incrivelmente impressionado com a cinematografia, a atuação, o enredo e a surpreendente quantidade de simbolismo e processos mentais subjacentes que foram introduzidos neste filme, e olha que eu não gostava do ator Dar Salim que foi Qhoto em Game of Thrones, ele me surpreendeu com sua atuação. Diga-se de passagem a música estava incrível. Eu aprecio os grandes esforços dos produtores, e eu realmente desejo que eles continuam a fazer mais filmes bons como este. A indústria cinematográfica dinamarquesa precisa de mais obras deste gênero para cada vez mais de destacar neste ramo.