Talk-show - Reinventando A Comédia: Recentes críticas

Não é de dar altas risadas, mas são piadas inteligentes e um fundo de "lição de moral" no final.
Quem procura rachar os bicos não é indicado, mas não deixa de ser um filme "bom".

Muito mi mi mi bla bla bla ,, conto de umas histórias, arranca algumas risadas mas enfim, só foi mais um filme que assisti, não chega a ser bom nem a ser ruim, pelo meno não fiquei com aquela sensação de tempo perdido.

Katherine Newbury é uma apresentadora de televisão que tem incontáveis anos no mundo dos programas de entretenimento noturno. Seu império começa a desmoronar quando é acusada de ser uma mulher que odeia mulheres.

Achei muito bom pra mim lembrou a vida do Jô Soares, mas até que gostei bastante ⭐ ⭐ ⭐

Late Night, ou Talk Show aqui no Brasil, foi produzido, roteirizado e estrelado por Mindy Kalling que fez Molly no longa, e foi dirigido pela Misha Ganatra, um filme que conta história de uma âncora de um Talk Show noturno que está ficando ultrapassada a cada ano que passa e perdendo cada vez mais audiência. Sua equipe de produção consiste apenas em homens, e depois de demitir um de seus colaboradores é orientada a contratar uma mulher para sua equipe... é quando surge Molly, que terá sua primeira experiência trabalhando como redatora de TV, e fará uma grande mudança na forma como Katherine Newbury, a âncora do Talk Show, lida com sua equipe e em como os trata.

O roteiro de Mindy Kalling segue por um caminho muito similar com de 'O Diabo Veste Prada', claro que não é uma comparação entre os dois filmes, mas a construção de fatos e de temática é muito parecido. Afinal, temos a chefe xarope que não gosta de ninguém, a 'novata' que pena no começo, mas por sua visão 'diferenciada' das pessoas e da vida começa a fazer uma diferença profissional no local, que afeta a chefe, e os demais coadjuvantes que no começo torcem o nariz para ela, mas conforme o filme se desenrola eles começam a se afeiçoar por ela.
Um roteiro que não traz nada de novo, nada de original, o que impressiona, pois Mindy vem de anos e anos como roteirista e diretora na famosa série 'The Office', ou seja, trouxe apenas a experiência de se criar um roteiro que se sustente, ao invés de trazer coisas novas para um de seus primeiros filmes.
O filme até diverte, tem umas piadas e umas tiradas que arrancará risos, mesmo que tímidos, possui uma história bem clichê, que dificilmente prenderá a atenção do espectador por muito tempo, mas pra quem gosta de conferir longas, independente da qualidade e mais pela curiosidade pode se entreter durante um tempo.

No final das contas, por mais que o filme não tenha sido tão atrativo assim, com um elenco de apoio sem muito carisma e bem arroz com feijão, e uma atuação da própria Mindy bem clichê, básica e jogando na segurança, sem passar tanto carisma assim ao espectador, o filme ainda conseguiu render uma indicação ao Globo de Ouro para Emma Thompson que faz Katherine, para Atriz em Comédia/Musical, âncora do Talk Show... Emma não faz, pelo menos na minha opinião, um trabalho que merecesse uma indicação, ela obviamente faz um trabalho excelente, digno de sua experiência no cinema, que condiz com a personagem, tendo mais carisma que o resto do elenco e sendo rabugenta do jeito certo e ainda encontrando brechas para passar uma emoção quando o roteiro pede... mas, nada do que se espera de uma atriz de seu gabarito, um trabalho competente em que se comprometeu a fazer, mas indicação, achei demais... e como foi indicada, o filme ganha uma pequena sobrevida e uma modesta atenção, ou seja, bom para Mindy.
O filme ainda conta no elenco com o talentosíssimo John Lightow que faz o marido de Katherine, Walter Lovell, em aparições mais tímidas, e também de Amy Ryan, que já foi indicada ao Oscar por 'Gone Baby Gone', como a Gerente da emissora de Tv e chefe de Katherine, também aparecendo mais modestamente, além de uma ponta do ex Saturday Night Live Seth Myers como ele mesmo.

Não sei como foi lá fora, mas aqui no Brasil o filme saiu direto online, a impressão que ficou é que foi um filme feito mais para ser exibido em TV, do quem em cinemas, dado até a forma como foi idealizado e finalizado... se não fosse a indicação de Emma Thompson, dificilmente teria visto este filme.