Uma das mensagens que "A Vigilante", filme dirigido e escrito por Sarah Daggar-Nickson, nos deixa é a de que somente alguém que já sofreu violência doméstica vai compreender o quão difícil é romper com o ciclo de agressões. Talvez, por essa razão, Sadie (Olivia Wilde), a protagonista do longa, se transforma numa espécie de justiceira destas mulheres, atuando como alguém que ajuda outras vítimas (sejam elas mulheres ou crianças) a se libertarem de seus agressores - independente de quem eles sejam.
Portanto, "A Vigilante" nos coloca diante da jornada de Sadie, com ênfase na captura dos momentos que a levaram de vítima à justiceira, ao mesmo tempo em que nos retrata a sua própria trajetória de fortalecimento emocional e da consequente libertação das amarras de seu marido (Morgan Spector), o seu agressor.
O problema principal em torno de "A Vigilante" é que um filme com um tema tão importante esbarre, principalmente, na confusão de sua linha temporal. Na forma como foi apresentada pela diretora e roteirista Sarah Daggar-Nickson, "A Vigilante" nos deixa um pouco perdidos sobre qual o ponto em que nos encontramos da história. Apesar disso, a atuação de Olivia Wilde merece todos os nossos elogios. Sem dúvida, ela é o melhor que o filme tem a oferecer.