Em 1922, Wilfred James é um homem que deseja uma vida de fartura na fazenda, para ele, a cidade é coisa para tolos, seu filho, Henry, concorda com a ideia. Já sua esposa, Arlette, a verdadeira dona das terras em que vivem, deseja vender tudo aquilo e montar uma boutique na cidade.
Arlette já está negociando a venda as terras com outro grupo de fazendeiros, mas Wilfred não aceita a ideia, então planeja com Henry o assassinado de sua esposa. Como o próprio protagonista narra no filme, no ano 1992, a mulher era assunto do seu homem, então caso ela sumisse, ninguém iria questionar.
Após a morte de Arlette, o advogado que estava negociando a compra da fazenda manda o xerife ir até o local para fazer uma revista, mas nada de suspeito é encontrado, Wilfred alega que sua esposa foi embora.
Vale lembrar que 1922 é baseado no livro de mesmo nome de Stephen King, então o suspense é bem presente no filme, mas temos poucos elementos do terror. O clima que prevalece durante o filme é o de tensão, após a morte de Arlette tudo começa a dar errado para Wilfred, seu filho vai embora e a fazenda vai a falência.
Algo que me irritou profundamente foi o sotaque de Wilfred, ele tinha um sotaque bem esquisito, o ator quase não abria a boca para falar, destoando dos outros personagens e se tornando uma atuação pouco natural, mas esse foi o único aspecto que deixou a desejar.
Como eu não li o livro, não posso dizer se foi uma boa adaptação, mas a premissa foi bem trabalhada e de forma bem objetiva, sem deixar aqueles suspense da história de lado. O pouco de terror que temos é quando o espírito de Arlette aparece, mas depois entendemos o que ela quer falar para Wilfred.
Esse filme, que é original da Netflix, foi bem pouco divulgado, talvez por não ser uma obra prima, e sim um filme regular, mesmo sendo um tanto quanto despretensioso, 1922 é um bom suspense que envolve quem o assiste do início ao fim.