A premissa é boa... mas no decorrer tudo se perde.
Thomas Richardson descobre que sua amada irmã foi sequestrada por uma vila de um culto religioso misterioso que reside em uma ilha abandonada. Eles exigem uma grande quantia em dinheiro para devolvê-la, mas sem todo esse dinheiro, Thomas invade a ilha e começa a viver com seus habitantes, numa tentativa de salvar sua irmã. Até aqui, tudo bem interessante não é mesmo? O culto realmente desperta a curiosidade, com costumes estranhos (como colocar um pote cheio do próprio sangue na porta de casa ao anoitecer) e um profeta radical ao extremo em suas crenças na deusa do mar. Simultaneamente há um romance proibido entre dois jovens da vila, relação essa que acrescenta novos pontos interessantes aos personagens da narrativa. Vários pontos positivos para o início. Mas da metade para o final, quando os pontos apresentados deveriam ser desenvolvidos, todo o suspense se perde, e roteiro transforma o longa em um clássico filme de ação misturado com jogos mortais, tudo muito sem sentido e corrido. Explosões, tiros, tomadas de poder, mocinho salvando a mocinha, fogo, lutas, e muita, muita violência explícita e gratuita, o filme dando desculpas pobres para por os personagens em situações assim. Ao mesmo tempo, o filme perde grande tempo explicando alguns pontos (tem o vilão dando discurso desnecessário e fora de hora, sim), e deixa outros de lado, ficando algumas partes sem sentido para o telespectador, no fim. O resultado é um filme decepcionante e que não vale as duas horas que se perde assistindo. Bônus round: o ator principal é fraquíssimo, não conseguindo fugir do que ele faz na série Legion.